Por quanto tempo você é capaz ser criativo, de fazer a diferença? E se essa capacidade tiver uma vida útil, como uma bateria? O que faz para recarregá-la? Você é capaz de desconstruir e reaprender?
Para abrir esse “debate interno” vou iniciar com um trecho de Karen Fuoco, executiva de marketing e consultora da Miami Ad School, para o Meio & Mensagem.
“Em um mercado de alta competitividade, com milhares de profissionais medianos, normais e invisíveis, uma pequena diferença de comportamento e de atitude pode resultar em uma significativa vantagem competitiva”.
Modelos de negócios, de ideias e linhas comunicativas, assim com as tecnologias, são voláteis, e – principalmente por conta das tecnologias – evaporam com facilidade. As sacadas brilhantes de hoje já não terão a mesma resplandecência “amanhã”, e isto é bem óbvio, depois do efeito surpresa o impacto tende a se tornar mediano (ou não, vai que viraliza).
Mas não é sobre isso que quero dizer. Vamos falar sobre a própria criatividade e não a criação. Por quanto tempo os padrões de criação funcionam? Aquele modelo de negócio que nasceu como inovador, perdurou por quanto tempo sem adequação? E aquela linha de comunicação, por quanto tempo comunica com eficiência com o público?
Vamos falar sobre o modelo mental, o mindset de pessoas criativas, pessoas de atitude e que mudam o comportamento quando necessário. Aposto que conhece ou já ouviu falar de alguém que possa ter a fantástica “síndrome do Midas”, tudo o que toca vira ouro, aquela pessoa que cria ideias incríveis, modelos de negócios lucrativos, enfim pessoas de sacadas geniais. O que fazem essas pessoas para nutrir o cérebro? O que você faz fomentar a sua criatividade?
Creio que essa resposta possa ser completamente pessoal e intransferível. Ou seja, cada pessoa tem suas necessidades intelectuais diferentes. Percebo que às vezes a busca de referências e a vontade de fazer diferente não são suficientes para “elevar sua nota” e colocar você acima da média, pode ser que isso seja apenas o requisito mínimo pra jogar o jogo.
Alias, se o que está fazendo está passível de comparação, pode ser um sinal dizendo que a disrupção se faz necessária. Para nós comunicadores, pensadores, empreendedores, influenciadores e eternos estudantes, o desaprendizado precisa ser levado a sério tão quanto o aprendizado, mas tem-se que sacar o timing. Saber a hora de tirar o time de campo é tão importante quanto saber a hora de atacar.
Vivo na pele essa inquietação, e a pergunta que jogo pra você é a mesma que me faço diariamente: você ainda faz a diferença no que se propõe a fazer?