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Um brainstorm público para o centro de São Paulo

Assim como eu, imagino que tu assista muito pouco de TV aberta nos dias atuais.

Também imagino que já não leia quase nada de jornal. Sim, aquele de banca. Eles existem.

Mas seja lá por qual canal for, se você é morador da cidade de São Paulo, tenho certeza que tu tem visto e ouvido muito falar sobre o aumento considerável no número de moradores de rua de São Paulo.

O assunto é presente nos podcasts, nos telejornais, nos programas jornalísticos de rádio e até entre uma trend e outra do TikTok, a gente vê lá um vídeo que mostra essa tristeza toda.

De acordo com o Censo da População em Situação de Rua realizado pela Secretaria Municipal da Assistência e Desenvolvimento Social, da Prefeitura, o número de pessoas vivendo nas ruas da cidade de São Paulo é de mais de 31.000, o que representa um aumento de 31% se comparado ao anterior.

Juro! Pra mim esse número é bem maior. Tenho a impressão de ver mais de 1.000 só em um breve deslocamento de uma região a outra da cidade.

A gente vê na rua. A gente vê no semáforo, naqueles cartazes cada vez mais tristes e comoventes, a palavra FOME escrita em letras garrafais.

E é em todo lugar, viu. Bairro nobre, bairro mais humilde, no centro da cidade.

Na região da Paulista, por exemplo, o lugar mais rico da América Latina, a presença da pobreza é gritante, presente, contrastante, absurda.

“Ah, mas o Poder Público tem que ver isso aí”.

Claro que tem, mas não vê, ou vê muito pouco.

O que vemos são as ONGs, os projetos sociais mantidos pela sociedade que põem a mão na massa pra ajudar essa gente que morre de frio nesse inverno pra lá de agressivo.

Publicitários, uni-vos! Profissionais de marketing das grandes empresas desse país e cheio dos holofotes, uni-vos.

Peguem esse monte de holofotes sob vossas cabeças, merecidamente, e, redirecionem essa luz pra essa questão aqui, que é importante, vai.

Durante a pandemia, minha agência ajudou mais de 180 pessoas a confeccionarem currículo, carta de apresentação pra buscar uma oportunidade quanto tudo estava mais difícil.

É isso… cada um ajuda como pode!

Você aí, diretor de criação famoso, cheio de Leões de Cannes, também merecidamente, contando os dias pra entrar nesse avião lindão e embarcar de novo pra Riviera Francesa em busca de mais estátuas na sua estante: te provoco a encabeçar um brainstorm público para os moradores da rua da nossa cidade.

Ué, se tem ideias bacanudas pra vender iogurte, cerveja e banco, por que não pode também ter ideias bacanudas pra gente humilde das ruas?

Eu não sou de criação, mas quero participar do brainstorm. Me chama?

Tem que deixar, ué?! Fui eu quem tive a ideia. Profissional de mídia pode ter uma ideia ou outra que valha a pena.

Me sento na rua, com perna de índio e com meu caderno Tilibra na mão pra gente pensar junto em ajudar quem não pode esperar.

Já pensou quanta gente pode querer fazer parte dessa nossa roda de conversa? Vai ter engenheiro, médica, professor, arquiteta, estudante. Um brainstorm público pra lá de qualificado e com foco no bem comum.

Bora fazer esse brainstorm público para o centro de São Paulo? Eu provoco, e tu, que tem todos os holofotes que o mérito e o sucesso profissional podem proporcionar, põe o bloco na rua.

Te encontro onde?

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