Nesta semana, muito se comentou sobre a possível aquisição da Talent pelo Grupo Publicis.
A agência que atualmente ocupa a 15, posição no ranking de agências, divulgado pelo Ibope recentemente, é uma das poucas genuinamente brasileiras, se considerarmos as 15 ou 20 primeiras do nosso mercado publicitário.
Vale lembrar que temos ainda a Fischer+Fala e África, que embora de capital nacional, esta segunda, pertence ao Grupo ABC, de Nizan Guanaes, que já iniciou o processo de internacionalização do Grupo.
Hoje, considerada uma agência moderna, inovadora, detém contas bastante grandes.
É ainda, a atual vencedora do Prêmio Caboré.
Ouvi muita gente dando opinião a respeito da possível transação que deverá ser oficialmente anunciada nos próximos dias.
Senti que as pessoas são contra a compra da Talent por um grupo estrangeiro, neste caso, a Publicis.
Eu vejo como uma coisa natural, uma vez que o Brasil virou a menina dos olhos do planeta e estão todos ligados no nosso mercado.
Atualmente, somos a oitava economia mundial e cresceremos nos próximos cinco anos, mais que a média.
Teremos excelentes oportunidades de mídia, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, dois anos depois.
Aqueles grupos que ainda não tinham bases fincadas no Brasil, estão chegando aos poucos, como é o caso da Razorfish.
E aqueles que já possuem participações em empresas por aqui, naturalmente desejam aumentar suas bases, como é o caso da francesa Publicis.
Além disso, a transferência de comando da Talent é um desejo do Julio Ribeiro, um dos sócios da Talent. Ele já disse isso à Meio e Mensagem anos atrás.
Se realmente der certo e for confirmada a transição, ótimo!
Reforço aqui que é um processo natural e essa internacionalização das agências brasileiras ou nacionalização das agências estrangeiras, faz com que tenhamos mais visão sobre o mercado mundial, dando assim, aos nossos profissionais, mais possibilidades e oportunidades para atuarem posteriormente em qualquer país do mundo.
Além, da mais exposição dos nossos trabalhos aqui no Brasil, feito para nossos clientes mundiais ou locais.
É a minha opinião, que pode sim, ser diferente da maioria.
Tenho colegas na Talent torço para a felicidade deles. Boa sorte a todos os envolvidos.
Agora pergunto:
E sua opinião a respeito?
Você é a favor da chegada de grupos internacionais no Brasil, seja por meio de aquisições, fusões ou agências independentes?
Como você vê essa questão?