CreativosBR

HomeBlogPublicidadeSorrell e Guanaes – as v...

Sorrell e Guanaes – as visões do WPP e ABC

Foi um sucesso o esperado encontro entre Nizan Guanaes
e Martin Sorrell, que aconteceu hoje em NYC, durante o Brasil. Inc 2011

 

Maior grupo
nacional e maior grupo internacional mostram seu posicionamento na publicidade
brasileira
.

De um lado, o CEO do maior
grupo da publicidade mundial, Martin Sorrell. Do outro, um dos donos do maior
grupo da publicidade brasileira, Nizan Guanaes. De um lado, um grupo com
operações em dezenas de países, que tem no Brasil um nicho que se torna cada
vez mais interessante. De outro, um grupo que tem a grande parte de suas
receitas no mercado brasileiro. Concorrentes, eles concordaram em um ponto: a
relevância do mercado brasileiro cresceu. Mas há algumas visões distintas, até
pela natureza de cada grupo.

Sorrell focou na importância do Brasil dentro do grupo WPP. “Percebemos por
parte de nossos clientes uma grande concentração de esforços nos países do BRIC
e nos Next Eleven. Eles querem ampliar seus investimentos em 15% nos
emergentes, enquanto irão manter o mesmo nos países maduros”, analisa Sorrell.
Para ele, os eventos esportivos internacionais ampliam a visão externa sobre o
que tem sido feito no país, algo pelo qual a China já passou.

Por outro lado, ele crê que o país precisa ser mais “latino-americano”, de modo
a se assumir como um país desta região. “Um executivo brasileiro me disse em
Londres há alguns meses que o Brasil era uma coisa e a América Latina era
outra. Eu não concordo”, analisa. “E a década que começa em 2011 será a década
da América Latina”, completa.

Sorrell citou alguns dos executivos do grupo WPP no Brasil, bem como as
agências Ogilvy, JWT e Y&R, que, segundo ele, são as três maiores do País.
Está aqui uma discordância com Guanaes. “Eu
fiquei calado. Mas depois, eu disse que eu tenho as melhores agências. E ele
também não disse nada”, afirmou posteriormente Guanaes.

O executivo brasileiro, fundador do grupo ABC, discursou em defesa do jeito
brasileiro de se fazer publicidade. “Não venham dizer como tempos que fazer.
Temos o nosso modelo que, mesmo sendo único no mundo, é o nosso modelo que dá
certo”, afirmou.

Guanaes conclamou os executivos da audiência a pensar no Brasil de 2017, e não
apenas no Brasil dos eventos esportivos. “O problema é o país que vai sobrar
depois da Copa. Temos que ter empresas comprometidas com o País”, afirmou. “Eu atuo em apenas um lugar do mundo. Vou ter que
investir aqui se a realidade for boa ou não”, completou. Ele citou ainda a
Pereira&O´Dell e chegou a dedicar a apresentação à agência que tem entre
seus sócios P.J. Pereira.

Completando sua defesa, Guanaes afirmou que fica revoltado quando chamam o Brasil
de mercado emergente. “Somos uma cultura pujante, democracia vigorosa, e temos
exemplos interessantes ao mundo. Não somos um país inferior”, avisou.

 

Fonte: Meio e Mensagem

Leave A Comment

Your email address will not be published. Required fields are marked *

Shopping Basket