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Solidão Conectada: Uma Geração que Dialoga com Máquinas

Vivemos em um mundo onde as conexões são muitas vezes superficiais, repletas de curtidas,
mas desprovidas de intimidade. Nossa comunicação muitas vezes se baseia em uma avalanche
de textos e mensagens de voz, que servem como filtros para uma comunicação mais direta e
calorosa.

Enquanto o período de isolamento durante a pandemia trouxe ansiedade aos mais velhos, que
ansiavam por conversas presenciais com parentes e amigos, a geração Z viu confirmado um
comportamento que prioriza a comunicação mediada por máquinas. O resultado é uma
“solidão conectada”, uma geração com inúmeras conexões, mas com qualidade escassa de
relacionamentos.

Em uma palestra no SXSW, Brené Brown abordou o impacto negativo da conectividade
excessiva na sociedade contemporânea. Ela citou o estudo da Cigna intitulado “10,000
followers, no friends” (10 mil seguidores, nenhum amigo), que revela que a solidão equivale a
fumar 15 cigarros por dia, sem se dar conta disso.

Um exemplo ilustrativo desse problema é o hábito predominante do envio de mensagens de
áudio no lugar das já antigas ligações telefônicas diretas. Nem sempre nestas trocas de
arquivos sonoros temos a percepção da emoção da pessoa ou da intensidade de suas palavras.
Aprendi isso num texto brilhante da jornalista Dawn Fallik: “O riso é o melhor som do mundo.
No entanto, você não consegue ouvi-lo em mensagens de texto ou mensagens instantâneas. Eu
conheço minha melhor amiga desde o ensino médio e posso dizer pelo modo como ela diz ‘olá’
ao atender o telefone se teve um dia difícil.”

A comunicação mediada por máquinas enfraquece a comunicação, pois perdemos parte de
nossa sensibilidade. Entendo que o equilíbrio entre o contato pessoal e o uso de dispositivos
garante uma comunicação melhor. A qualidade dos relacionamentos aumenta, com mais
empatia, e fica mais fácil entender os sentimentos das pessoas ao nosso redor.

A tecnologia é apenas uma ferramenta, uma maneira de melhorar a qualidade de nossas vidas.
É ela quem nos serve e nunca o contrário. O problema é que ao observarmos plataformas e
aplicativos, percebemos que esses dependem de nossas interações para prosperar. Por isso é
muito importante entender como equipamentos e plataformas funcionam para conseguirmos
nos defender. Não podemos nos tornar reféns de suas necessidades.

Precisamos de mais conversas e menos mensagens de texto, mais encontros e menos reuniões
virtuais. O contato pessoal nos oferece a possibilidade de uma experiência mais rica e maior
qualidade em nossas relações. Gostaria de incentivá-lo a se conectar mais com pessoas e
menos com máquinas.

Desejo sucesso em sua carreira!

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