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Ser ou parecer? Eis a questão

Somos de um mercado que não exige graduação superior para exercer a profissão, mas os títulos (pós, MBA etc.) podem chamar atenção e ser o diferencial em um currículo pra quem procura um emprego. Mas por que valorizamos tanto ter tais títulos de determinadas instituições? Por que procuramos emprego?

O famoso “canudo” teoricamente lhe certifica ser capaz de exercer tal função e ainda lhe empresta a credibilidade da Instituição de ensino que provavelmente foi construída em longos anos (palmas pro branding). Mas será que esse “papelzinho” vai atestar a eficiência de resolver questões práticas e diárias de mercado?

O que deve ser priorizado: a vivência ou as certificações?

Fazemos parte de um mercado em que o combustível capaz de nos levar mais longe em nossas carreiras é a curiosidade. O grande ícone da publicidade brasileira Washington Olivetto começou o curso de Comunicação e Psicologia aos 18 anos por julgar importante para a propaganda. Por mais que o próprio não se orgulha de não ter concluído a graduação, confessou para o Guia do Estudante: “Eu nunca estudei para tirar um diploma, eu sempre estudei para saber. Apesar de não continuar na faculdade, eu continuei lendo muito”.

O objetivo deste texto não é, nem de longe, desmerecer as instituições de ensino e muito menos exaltar os “curiosos autodidatas” como seres superiores e fodões do mercado. No meu ponto de vista, as faculdades ensinam a pensar, lhe dão o caminho, e capacitam as pessoas a entenderem o que deve ser feito. A vivência prática lhe ensina a caminhar e lhe possibilita a entender como deve ser feito. A curiosidade lhe mostra que existem vários caminhos, e através dos “porquês” e “pra quês” prova que o trajeto é tão importante quanto o destino final.

Não procure um curso (nem nada) só para mostrar pra sociedade, família ou mercado que você tem. Procure conhecimento pra que você tenha base para ter os seus objetivos concretizados. Isso mesmo, seja o seu objetivo. Faça um workshop, participe de congressos e de seminários, leia livros e blogs, converse sobre o mercado, veja filmes e seriados, faça uma pós, MBA, mestrado, doutorado e o que mais estiver ao seu alcance. Mas faça para aprender. Pense a todo momento em como esse conhecimento lhe será útil no dia a dia.

Os que só querem ter, jamais serão. E como diz a minha vó: “antes ser do que parecer”.

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