Há quem defenda a tese de que você deve estudar o que gosta. É bem verdade que – ao mesmo em tempo que muitos pais orientam os filhos de que eles devem fazer o que gostam – muitos incentivam a escolha de profissões promissoras como Medicina, Direito e Engenharia. Fato é que só depois dos 30 vamos perceber que não tínhamos maturidade suficiente para fazer a escolha certa aos 18, quando entramos na faculdade. E, por isso, pagamos o preço de trabalharmos no que odiamos, mas no que dá dinheiro; ou fazermos o que amamos, mas vivermos fazendo unidunitê na hora de pagar as contas.
Hoje, com mais de 30, eu defendo a tese de que devemos fazer aquilo que gostamos, mesmo que não dê dinheiro. É verdade que às vezes penso diferente, mas é apenas por alguns minutos. O lance é que fazer o que se gosta reduz o estresse e aumenta as chances de você se destacar na sua profissão, uma vez que você tem prazer e amor por aquilo que faz. Embora você conviva ainda com o estresse de sofrer para pagar as contas no final do mês.
Mas imaginemos que você tenha escolhido a faculdade que lhe garantia um futuro promissor, aquela que você odiava, mas que sofria pressão paterna para fazê-la. Hoje você é feliz? Tem um carro novo, um ‘apê’ legal e janta em bons restaurantes? Ótimo, mas você se sente realizado? Essa reflexão nos leva a pensar se fizemos a escolha certa na época da faculdade, e novamente nos leva a pensar que somente hoje depois dos 30 saberíamos fazer a escolha coerente.
No final, tanto faz a escolha que você fez. Se pensar bem, qualquer uma das escolhas que tenha feito lhe dará o bônus e o ônus. Ou é feliz das 9h às 18h e infeliz no restante do tempo, ou vice-versa. O importante é fazer o que gosta ou ganhar dinheiro sem fazer o que ama. Ou, se for um sortudo da vida, ganhar dinheiro fazendo o que gosta. Mas eu não conheço ninguém que conseguiu essa façanha. Você conhece? Conte pra gente nos comentários.