Os últimos acontecidos, no que diz respeito ao racismo, me faz lembrar e reafirmar do quanto ainda é injusto a representatividade dessas minorias nas marcas, na frente de grandes publicidades, capas de grandes editoriais, ganhando frente, voz e vez. Assim, esse texto carrega muitas entre-palavras, porque o que escrevo aqui, ainda assim, é muito pouco do que sinto e do que penso sobre esse tema.
Em uma breve pesquisa no Google sobre o tema é fácil enxergar como ainda engatinhamos no que diz respeito a pouca visibilidade das minorias na publicidade. Em um dos sites, que
fala sobre um estudo realizado pela Elife e a agência SA365 sobre diversidade na publicidade brasileira, analisou 5.261 posts no Facebook e no Instagram feitos por 20 dos principais anunciantes brasileiros entre janeiro e dezembro de 2019, trouxe os seguintes dados:
– Grupos minoritários como LGBTQIA+ corresponderam a somente 4% das peças publicitárias, sendo identificados a partir de figuras públicas e demonstrações afetivas nas publicações.
– A presença de pessoas com deficiências (PCDs) que respondem por 1% das amostras.
– Negros, a porcentagem de participação caiu dez pontos percentuais em relação ao período anterior de comparação.
– Grupos como os amarelos tiveram representatividade em menos de 1%.
– A presença de grupos indígenas não foi registrada em nenhum dos materiais coletados.
Dados estes que dão vergonha, mas que mostram que o viés da publicidade do Brasil ainda tem muito para crescer e as marcas precisam agir e fazer as minorias “virarem estratégias” também, além do básico que é mostrado.
Enfim, qual o nosso papel diante disso? O que a gente pode fazer pelas minorias hoje? Discussão essa que abre várias possibilidades, podemos tirar disso tudo: somos únicos e a representatividade está estampada no nosso rosto. Que saibamos dar frente, voz e vez às minorias, pois o espaço a ser conquistado por elas ainda está só no começo.