Quando pensamos em publicidade, para muitos, a primeira imagem que vem à mente é a da Criação: peças incríveis, campanhas premiadas e mentes brilhantes que transformam ideias em arte. Mas a verdade é que o universo publicitário vai muito além disso.
Na verdade, a publicidade precisa de muitos talentos diferentes para fazer uma campanha acontecer. E talvez o seu brilho esteja em outro lugar. Entenda com a gente:
Planejamento: o cérebro estratégico por trás das campanhas
É a principal mente pensante. O planejamento entende o mercado, analisa o comportamento do público, mapeia concorrência e ajuda a traçar os caminhos mais eficientes pra atingir o objetivo do cliente.
Perfil: curioso, analítico, gosta de pesquisar, entender o “porquê” das coisas.
Exemplo: Sabe quando uma marca lança um novo produto e acerta exatamente no tom, no momento e no público? Muitas vezes, isso vem do trabalho do planejamento, que estuda dados de mercado e comportamento para definir desde o posicionamento até a linguagem. Por exemplo, quando uma empresa percebe que o público está cada vez mais preocupado com sustentabilidade e decide lançar uma linha eco-friendly, isso provavelmente começou com uma análise do time de planejamento.
Atendimento: o elo entre cliente e agência
Muita gente acha que o atendimento só “passa o job”, mas vai muito além. Essa pessoa representa o cliente dentro da agência e a agência dentro do cliente. Precisa ter empatia, escuta ativa, saber negociar, organizar prazos e alinhar expectativas.
Perfil: comunicativo, diplomático, organizado, bom em lidar com pessoas (e pressão).
Exemplo: grandes contas como Natura ou Itaú exigem atendimento de alta performance, que saiba traduzir os desejos do cliente em linguagem criativa e garantir que tudo ande no tempo certo. Contas menores também exigem, mas podem ter um dia a dia mais tranquilo.
Redação: muito além de escrever bem
A redação é parte do time de Criação, mas engana-se quem acha que é só escrever bonito. O redator precisa traduzir a essência da marca em palavras, criar títulos impactantes, roteiros envolventes e até posts que viralizem — tudo com propósito. Mais do que dominar a gramática, é preciso entender de comportamento, timing, conceito e persuasão.
Perfil: criativo, atento aos detalhes, bom com palavras e com ideias.
Exemplo: quando o Nubank adotou o tom de voz mais próximo e informal, como em e-mails com assuntos tipo “chegou o que você tava esperando”, foi a redação que definiu essa linguagem — ajudando a marca a se conectar com os clientes de um jeito mais humano.
Direção de arte: quando o visual fala mais que mil palavras
Direção de arte é sobre traduzir ideias em imagens. Esse profissional pensa em composição, cor, tipografia, fotografia e estética para transformar conceitos em algo visualmente marcante e coerente com a identidade da marca. Ele trabalha lado a lado com o redator para criar peças que comuniquem bem, mesmo antes da pessoa ler o texto.
Perfil: visual, detalhista, criativo, sensível à estética e tendências visuais.
Exemplo: a identidade visual da Netflix, com tons escuros, uso do vermelho e imagens cinematográficas nos materiais, é fruto de uma direção de arte consistente, que reforça a ideia de entretenimento premium.
Mídia: onde, quando e como a campanha vai aparecer
A mídia decide onde a campanha vai ser veiculada — e como fazer isso render resultados. Essa área lida com métricas, audiências, orçamento, performance e muito Excel.
Perfil: analítico, detalhista, bom com números, pensa em alcance e performance.
Exemplo: em lançamentos de produtos ou eventos, a equipe de mídia escolhe os melhores canais para alcançar o público certo. Por exemplo, se o público é jovem e está no TikTok, talvez não valha a pena investir tanto em rádio. Essa decisão vem da análise feita pela mídia, que estuda onde o público está e como consome conteúdo. Também é o time que analisa o que deu certo (ou não) e ajusta os investimentos de acordo com os resultados.
BI (Business Intelligence): os dados que contam histórias
BI é o setor que transforma dados em decisões. Ele analisa os resultados de campanhas, comportamento de usuários, tendências e entrega insights que ajudam outras áreas a ajustar as estratégias.
Perfil: lógico, curioso, gosta de investigar padrões e adora dashboards.
Exemplo: em campanhas digitais da Netflix, o BI ajuda a entender quais séries estão sendo mais consumidas em certas regiões e ajusta os anúncios com base nisso.
Produção: quem faz a mágica acontecer
A ideia pode ser incrível, mas sem produção ela não sai do papel. Esse time cuida de orçamentos, cronogramas, fornecedores, locações, gravações e tudo que envolve execução.
Perfil: prático, multitarefa, gosta de colocar a mão na massa e resolver problemas.
Exemplo: um comercial de final de ano do Boticário, com filmagens externas, figurino e atores, só vira realidade graças a uma equipe de produção afiada.
Social Media: muito além dos posts
Quem cuida das redes sociais não é só quem “posta foto”. Essa função envolve planejamento de conteúdo, calendário editorial, análise de métricas, engajamento e, muitas vezes, criação em tempo real.
Perfil: conectado, ágil, criativo, bom em ler tendências e responder rápido.
Exemplo: lembra quando o Nubank respondeu a zoeira do Burger King no X (Twitter) e a conversa viralizou? Aquilo é social media na veia — com timing, criatividade e estratégia.
Portanto, seu lugar pode estar onde você menos espera. A publicidade é um ecossistema. E, assim como numa campanha, cada parte é essencial. Nem todo mundo precisa ser redator ou diretor de arte. O mercado valoriza perfis diversos, e o importante é encontrar onde o seu talento faz mais sentido.
Explore, teste, erre e acerte. Estágio, agência júnior, projetos da faculdade — tudo isso é oportunidade pra descobrir o que te motiva. E não se esqueça: você não precisa decidir agora, só precisa começar.
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