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Publicidade comparativa

Ultimamente, até por conta do volume de veiculação, tenho escutado bastante, as pessoas falarem de publicidade comparativa.

Para aqueles que não sabem, a publicidade comparativa, como o próprio nome diz, é aquela que compara o produto de uma empresa com seus concorrentes diretos.

A publicidade comparativa nos Estados Unidos é algo bastante comum e já não mais cria "zum zum zum" no mercado e nem aos consumidores. Pepsi e Coca-Cola se utilizam desse tipo de publicidade naquele país, desde a década de 60.

Aqui no Brasil, esse tipo de publicidade teve uma "alta" no final dos anos 90, quando as empresas de telefonia e as indústrias de bebidas, por se tratarem de mercados bastante acirrados e crescentes, viram na publicidade comparativa, uma forma de convencer o público que tinham melhores produtos e serviços.

Agora, esse tipod e publicidade parece ter voltado com força total.

Dia desses, o Blog do Crespo postou um filme da Nissan, criado para o Livina, em que na peça, engenheiros mecânicos de GM, Fiat e Volks ficacam irados por não terem conseguido planejar e fabricar carro à altura do modelo da Nissan.

E o próprio Blog do Crespo alí, já profeciou que o filme seria retirado pelo CONAR nos próximos dias. E foi o que aconteceu.

A grande questão a ser analisada é que, com toda a certeza do mundo, a Nissan e sua agência também sabiam que o filme seria retirado.

Alguém pode se perguntar: "Mas como é que uma agência contrata uma empresa que produz o filme, veicula esse filme no ar e depois ele tem de ser retirado?"

Pois é, e isso já tem se tornado uma prática normal no mercado.

Primeiro, monta-se um filme polêmico de publicidade comparativa, depois aprova a idéia e convence o cliente de que você tem uma "carta na manga" para a marca dele. Então, veicula-se esse filme e aguarda a polêmica.

O CONAR então não se manifesta até alguém formalizar uma denúncia ou então, até a realização de uma de suas reuniões no Conjunto Nacional.

Com a votação máxima, o filme é retirado do ar. Não tem multa mesmo!!! 

Dias depois, o anunciante veicula um filme (normalmente menor, de 15"), informando que agora você pode assistir ao filme CENSURADO na internet, seja pelo site da empresa, pelo blog, ou pelo perfil da empresa no Twitter e Facebook.

Que puta estratégia de engajamento!!!

Mas calma, ainda não acabou.

O filme "CENSURADO" pelo CONAR, bomba na internet e desta forma, a custo bem inferior ao de se anunciar na tv aberta, o anunciante consegue gerar awareness para a marca do seu cliente. Viralizou!!!!!!

Vou dar minha opinião:

Não tenho nada contra a publicidade comparativa, até porque vejo nela a maior possibilidade de se conseguir a retenção do telespectador, no caso da tv aberta.

Porém, ao meu ver, para ser comparativa, não precisa ser necessariamente agressiva. Digo "agressiva"em relação aos concorrentes.

Quer dizer que o seu produto é melhor? Ótimo! Compare, dizendo que o seu produto tem mais benefícios que os demais e PONTO.

Não curto a sátira e o desrespeito com a concorrência.

Agora, não se pode negar que trata-se de uma estratégia bastante arriscada. Milhares de anunciantes tradicionais jamais topariam uma ideia dessas.

Já anunciantes que estão querendo literalmente "aparecer", ah… esses não tem muito a perder.

Qual a sua opinião a respeito?

Percebe que trata-se de uma tendência?

Curte esse tipo de publicidade?

Acha que o CONAR deveria punir de forma mais contundente, os anunciantes reincidentes?

Ou acha que o CONAR não deveria se intrometer nesses casos?

Acha que o veículo ao ver o filme, deve interferir e até se negar a veicular um filme com publicidade comparativa?

Indicaria você, esse tipo de publicidade à um cliente de sua agência?

Ou acha ainda, que na publicidade, você deve utilizar o tempo para falar somente do seu produto, ignorando a concorrência?

Pergunta pacas, mas tarta-se de uma discussão interessante.

 

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