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O que os Mídias esperam dos veículos?

Antes de falar sobre isso, precisamos considerar algumas questões que dizem respeito principalmente ao comportamento de consumo e também aos desafios empresariais. Não é nenhuma novidade dizer que somos “multitelas”. Estamos em celulares, computadores e televisões quase sempre. Nos celulares são diversos aplicativos competindo pelo nosso tempo, assim como nos computadores acessamos vários sites e deixamos sei lá quantas abas abertas; e ao assistir TV são bem amplas as opções de canais. Trabalhamos com um notebook, pegamos o celular diversas vezes e fitamos a TV, não necessariamente nessa ordem. Mas também lemos livros, blogs e revistas, somos impactados por mídias out-of-home enquanto ouvimos uma música via streaming. A nossa realidade é fazer muita coisa “ao mesmo tempo”. Temos dois ou três empregos, mais de uma empresa, participamos de alguns projetos, defendemos muitas causas, enfim, são muitas as bandeiras que levantamos. E bem neste cenário cresce a repulsa por propaganda. Pulamos anúncios, instalamos bloqueadores, pagamos streaming para não ouvir e ver propagandas, não pegamos folhetos em semáforos. Ok, mas o que isso tem a ver?

Em um passado não tão distante era possível atingir os objetivos dos clientes praticamente fazendo publicidade, comprar mídia nos veículos de maior audiência e afinidade com o público resolvia. Mas agora a mídia é segmentada, e o anunciante precisa falar adequadamente com seu público em vários canais diferentes. E precisa também integrar o PDV, eventos, marketing direto, endomarketing, marketing digital… e por aí vai. Ah, e tem que ser interessante, tem que ter conteúdo relevante. Todo esse conjunto precisa estimular interatividade e ser passível de mensuração. Culpa ou mérito da evolução digital? Tanto faz, o que importa é que o consumidor quer falar (e ser ouvido) e o cliente quer/precisa saber dos “números”. O Mídia precisa comprovar efetividade e também precisa prover inovação constante.

Hum… e como é a realidade de um departamento de Mídia hoje?

O cliente é como um investidor, e a mídia naturalmente detém o maior montante do investimento. Talvez esse conjunto de fatores pode ter influenciado o crescimento da relevância desse departamento perante os clientes. As equipes estão menores, apesar de terem crescido as responsabilidades. A mídia tem incorporado funções como inteligência de dados (B.I.). Consequentemente os profissionais do departamento têm menos tempo, e precisam de agilidade e assertividade mais do que nunca. Pode ser que alguns departamentos se deparem com outro problema: a “juniorização” da equipe. E aí, meu amigo, por mais inteligente e dedicado que um “júnior” possa ser, por tempo de mercado (e de vida), dificilmente terá a sagacidade que um profissionalmente experiente tem para lidar com problemas, planos e relacionamento com veículos.

E o que os mídias esperam dos veículos?

Primeiramente, que resolvam os problemas dos clientes. Mas para que isso aconteça, o veículo precisa conhecer o cliente, saber das suas dores e intenções. Bom, se é falta de preparo do veículo ou falta de briefing da agência… não sei. Mas sei que se tiver maior proximidade entre veículos e os departamentos de mídia (e entre os departamentos da agência), o cliente sai ganhando, provavelmente com problemas resolvidos e objetivos concretizados.

De acordo com Filipe Crespo, Diretor de Mídia da Aktuellmix, o Mídia precisa das melhores oportunidades de tempo e espaço, que promova diferenciação da concorrência, tenha adequação ao target, traga rentabilidade, e que principalmente estejam atreladas aos objetivos de campanha determinados.

Os Mídias precisam:

  • De propostas claras, focadas no cliente, que tenham dados para basear argumentação tática para defender porquê investir no veículo X para atingir o target da campanha (ranking de audiência, afinidade com o target e análise de concorrência, por exemplo).
  • Apresentações sucintas (pouco importa o layout, o conteúdo tem muito mais valor).  Com tempo bem escasso do mídia e também do cliente, não há tempo para brincar de leilão com o plano de mídia, então espera-se que o veículo apresente sua melhor negociação ou corre risco de ser cortado do plano.
  • Enxergar no veículo a possibilidade de saber das possibilidades de veiculação. Não somente as novidades, mas as características importantes do veículo (por exemplo, as possibilidades de segmentações).
  • Que o veículo se interesse verdadeiramente pelo seu cliente (e não em bater meta de venda). Se o veículo sabe o que o cliente quer comunicar ao seu público… a solução pode ser incrível.

E se a equipe é quase toda júnior? Abrace-a, dê dados e argumentos. Leve-a pra dentro do veículo, mostre a realidade, dê conteúdo, ensine. Contribua com o crescimento desses profissionais. Lembre-se que todo senior já foi júnior um dia.

 

Comente o que os veículos ou os mídias podem fazer para facilitar o seu dia e te ajudar a ser mais assertivo.

 

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