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O porta voz da sua marca deve ter mais fama ou Influência?

Em tempos de evidência do marketing digital, principalmente em cenário de consolidação e boom de redes sociais, considero totalmente relevante refletir a respeito de fama e influência, como propôs Bárbara Sacchitiello em artigo publicado no Meio & Mensagem. O meu intuito não é de trazer julgamento, apontar como certo e errado, melhor ou pior, e sim de procurar entender como e em qual ocasião selecionar personalidade mais famosa ou mais influente com determinado público. Bárbara discorre, embasada pela pesquisa “Most Influential Celebrities” realizada pela IPSOS, se a fama é sinônimo de influência enquanto marcas e empresas estão cada vez em busca de vozes em suas estratégias para difundir produtos e serviços. Ter fama não necessariamente significa ser influente, mas também não exclui a possibilidade.

Antes de continuar falando sobre fama e influência vamos falar sobre audiência e visibilidade, e relevância e intimidade. Grave esses termos, têm tudo a ver com a reflexão proposta neste artigo. A pesquisa citada pela Sacchitiello, considerou fama relacionada a popularidade, e influência relacionada a capacidade de promover mudanças e influenciar comportamentos. O estudo também observa que o grau de influência está intimamente associado a credibilidade e carisma. Fama e audiência, influência e intimidade. A fama está totalmente relacionada à exposição, a quantidade de vezes que a pessoa “aparece”, fato este indicado na pesquisa, visto que as pessoas listadas como “famosas” possuem relação direta com veículos de mídia de massa (TV, principalmente). Agora sobre influência… a tendência é pessoas confiarem em pessoas, em pessoas próximas. Frequentemente pedimos indicações de produtos e serviços, não é mesmo? Pesquisamos no Google (confiamos na marca), acompanhamos redes sociais, mas o que notavelmente tem peso maior em uma decisão de compra é a indicação de alguém “próximo”. E, na minha opinião, é exatamente aí onde mora a influência, na capacidade que o indivíduo tem de criar essa proximidade com seus públicos. Mesmo a distância, a sua audiência se sente próxima, e a pesquisa da IPSOS atribui esse “fenômeno” ao grau de comprometimento do “Influenciador”.

A fama é quantitativa. O influência é qualitativa. Mas um quesito não exclui o outro. Porém convenhamos, não se agrada Gregos e Troianos, o processo de influência também se dá através do caminho da segmentação. Mas pera lá. O que vale mais: fama ou influência? Vamos trazer para a realidade de uma marca e refazer a pergunta, o que vale mais audiência ou relevância, alcance ou engajamento? O papel do gestor não seria (ou não deveria ser) buscar desenvolver ambos os lados? Destinar esforços para aumento de relevância e engajamento e com isso estabelecer maior proximidade com seu público. Como também, não deixar de lado estratégias que aumentem a quantidade de pessoas que estarão predispostas a, quem sabe um dia, serem influenciadas pelo discurso.

Talvez o mais ideal seja comparar o momento da marca (e do possível porta-voz) e o objetivo da ação. Trazendo nomes bastante conhecidos como exemplo, uma marca X poderia fazer uma ação visando alcance com Rodrigo Faro em um momento, e em outro procurar gerar engajamento com Nathália Arcuri, buscando influenciar público com interesses mais específicos. E por falar em Nathália Arcuri, vale dizer que após ter gerado certo nível de influência na área de finanças, Nathália parece destinar esforços para aumento de audiência ou, como estamos falando neste texto, aumento da fama (Vide participação ativa na TV).

Se já diziam que “Quem não é visto não é lembrado”, podemos acrescentar que quem não gera confiança não é comprado?

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