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O menino que perguntava demais

Em meio a tantas pessoas distraídas, desinteressadas e ocupadas, lá estava ele: o menino que perguntava demais. Motivo de chacota, de fofocas e de comentários maldosos, o menino que perguntava demais não parecia se importar com o mundo externo e colecionava respostas as quais anotava em seu caderno, simultaneamente.

O menino que perguntava demais era questionador por natureza, era curioso, observador, provocador. Ele era diferenciado porque exigia não apenas do questionado, mas também de si, que precisava interpretar as respostas trazendo-as para o seu mundo da forma correta, ou pelo menos eficiente.

O mundo está repleto deles, dos meninos que perguntam demais. Aliás, deveria estar cheio desses cidadãos que buscam se enriquecer de conhecimento através das informações que não possuem. Mas saiba que, enquanto isso, outros lhe criticarão, lhe atirarão pedras e irão rir e zombar de você. E por que você se importa?

Muitos podem ter receio de perguntar, enquanto outros têm receio de interagir, de se envolver, de ser julgado por fazer uma pergunta idiota. Mas, lembre-se que mais idiota do que uma pergunta pode ser, é ser idiota por não perguntar.

Então seja um questionador, pergunte, se envolva. Tanto no âmbito profissional quanto no pessoal, seja a pessoa que pergunta demais, questione seus colegas de trabalho, independentemente do nível hierárquico. As empresas querem colaboradores que provoquem, que criem discussões interessantes, que tragam à mesa novos pontos de vista, sugestões, dúvidas.

Não deixe que nenhuma dúvida fique sem resposta. E absorva o conhecimento que o mundo está disposto a compartilhar com você.

O mundo só traz respostas para quem pergunta.

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