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Nunca vou deixar de aprender

Tenho a sensação de que o interesse e a curiosidade por coisas novas estão diminuindo. Posso estar errado, aliás, muitas vezes estou, mas as novas tecnologias têm simplificado muito o aprendizado. Isso, por sinal, não é nem bom nem ruim, apenas prático. Deixe-me explicar melhor. Antes, para escrever, eu acabava lendo muito; hoje, recorro ao ChatGPT para me ajudar na pesquisa, o que economiza muito tempo, mas, em parte, reduz meu repertório, já que a inteligência artificial facilita minha busca e, em resumo, acabo lendo menos. Fiz uso ativo deste princípio neste texto e vou acabar demonstrando para vocês.

Tenho um passatempo que é ficar ouvindo as pessoas numa conversa sobre um tema que domino muito. Acredito que herdei este gosto de uma experiência de Charlie Chaplin. Li num texto que ele chegou numa feira e descobriu que ali haveria uma competição de imitação de seu principal personagem, “o vagabundo”, ou como chamamos de Carlitos. Segundo os textos, ele teria sido eliminado em uma das eliminatórias e acabou em 20º lugar.

Descobri, como professor, que é na repetição intensa de um conceito que surgem novas nuances de aprendizado, e é assim que meu conhecimento se ampliava. Uma pergunta, uma discordância de um aluno me davam vida a novas ideias e principalmente me traziam um frescor, isso mesmo, um olhar novo para um assunto que para mim já teria sido resolvido em minha mente.

Faço uso do texto de Guimarães Rosa em “Grande Sertão: Veredas” para demonstrar isso: “Eu quase de nada sei. Mas desconfio de muita coisa.” Quando me permito apenas ouvir as pessoas sobre um tema que sei muito, e me controlo em apenas fazer boas perguntas, me alegro em perceber com as pessoas me trazem novos olhares para um assunto que penso entender tão bem. Por mais simples que seja, um outro olhar sobre o tema pode nos trazer soluções que não esperamos.

Por isso, gosto de levar minhas ideias para passear, é assim que chamo meu processo de conversar com amigos sobre meus novos conceitos, ou mesmo minhas novas opiniões sobre temas. Às vezes posso ser massacrado, mas muitas vezes trago para casa um produto mais bem acabado.

Este texto foi inspirado em uma conversa que tive com um executivo do mercado publicitário. Ele me contou que era muito difícil para ele ver alguns novos profissionais recém-promovidos acabarem por adotar uma atitude de não ouvir mais ninguém. Um simples novo cargo dava a eles a sensação de que não tinham mais nada para compartilhar com sua equipe.

Isso me perturbou e me fez buscar outra referência, por coincidência, de outro Charlie, agora Charlie Parker. O texto está em aspas pois não é meu, é um material produzido pelo ChatGPT que preferi usar na íntegra sem edição para mostrar a força do uso das ferramentas em minha rotina:

“Charlie Parker, o lendário saxofonista de jazz conhecido como ‘Bird’, uma vez disse que tocou uma série de notas completamente erradas durante uma apresentação. Após o show, ele foi abordado por um colega músico que o corrigiu. Quando Parker questionou por que ninguém mais havia percebido seus erros, o colega respondeu: ‘Porque você tocou as notas erradas tão bem que soaram como se fizessem parte da música.'”

Aqui cabe uma pausa para demonstrar que usei meu repertório para buscar o fato, que lembro de ter visto num filme, mas pedi para o ChatGPT para confirmar a experiência para mim e o texto ficou tão bom que não podia usar como meu. O repertório nos ajuda a amplificar a conversa.

Se você for bom como Charlie Parker em sua área, não deixe de ouvir as pessoas a sua volta. Crie um ambiente de segurança em que os colegas de sua equipe tenham liberdade para expor suas ideias, e principalmente tenham coragem de confrontá-lo.

Procuro aprender o tempo todo. Gosto muito das pessoas que chegam até mim para me fazer críticas, para me dizer que estou errado, que não conduzi muito bem uma questão. Sempre dei essa liberdade para algumas pessoas da minha equipe.

Num concurso de sócias podemos eleger o Carlitos errado mesmo tendo o original entre os participantes, pois muitas vezes nos esquecemos de manter nossa mente aberta ao novo. Um olhar curioso pode transformar nossa experiência profissional.

Invista na sua carreira.

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