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Nunca fiz nada sozinho

Hoje falamos muito de trabalho em equipe, da importância de ter a capacidade de trabalhar
em grupo, de entender os benefícios da colaboração, do valor da diversidade, de poder
experimentar pontos de vista divergentes, e de como esse processo gera valor, inteligência e
ideias incríveis.

A ideia de escrever este texto veio a partir de um exercício. Me permiti pensar se em algum
momento eu fiz algo bom, legal, ou que seja importante sozinho, e me dei conta que, se isso
aconteceu, eu não me lembro. Sempre que fiz algo especial, criativo e/ou inovador, eu tinha a
companhia de pessoas incríveis.

Sempre contei com o apoio de gente muito especial, mas foi na construção de ideias que
aprendi que juntos somos muito mais relevantes, que juntos temos a beleza de perceber
pontos diferentes, novas formas de pensar. O diverso é a base da criação. Quando apenas
repetimos conceitos, por essência, temos repetição.

Ninguém nunca fez algo novo sem mudar as bases ou a experiência. A diversidade de
pensamento de experiências é a base para criarmos coisas incríveis. Se você ainda dúvida,
queria te convidar a olhar para 4 benefícios do trabalho em grupo.

Não sei se você já esteve num time, não sei se você teve a sorte que tive de trabalhar em
equipes incríveis. Caso não tenha tido essa experiência, assista “The Last Dance” na Netflix e
acompanhe como o sucesso do Chicago Bulls foi construído. Apesar do talento excepcional
de Michael Jordan, o time tinha outros talentos com grandes habilidades, e olha que vou citar
apenas 3.

Eles eram comandados por Phil Jackson. Ele ganhou seis campeonatos com os Bulls, um gestor
de pessoas, que soube como ninguém gerenciar personalidades, e fez Michael Jordan entender
que sozinho ele era facilmente neutralizado, que até poderia brilhar, mas nunca conseguiria
conquistar tanto quanto conquistou. Sempre bom lembrar que Phil tem 11 títulos como
treinador e 2 como jogador.

Como não falar de Scottie Pippen, um dos jogadores mais versáteis da NBA, um defensor
implacável e de um passe quase perfeito. Outra peça importante era Dennis Rodman, um dos
maiores reboteiros da liga. Sua energia, agressividade e habilidades defensivas fizeram
diferença para dar mais equilíbrio aos Bulls.

Um bom time tem a correta dimensão da divisão de tarefas, e elas são divididas por
habilidades. Assim, temos uma maior eficiência. Pense numa grande dupla com quem você
trabalhou, pense em alguém que andou com você e com quem você conviveu.
Você vai lembrar que é provável que não havia muita orientação verbal. Bons times trabalham
em sincronia e anteveem problemas.

Gosto da palavra complementaridade, pois ela define a base do sucesso. Estamos somando,
sempre sendo mais fortes. Não importam as cargas que cada um carrega: o jogo não é de
percentuais, o jogo é de soma.

A colaboração traz o conceito de ideias diferentes, de novos pontos de vista. Lembro-me de
querer ouvir as ideias de um colega. Até hoje tenho nos meus sócios, Adão Casares e Fernando
Dineli, as melhores críticas e o melhor incentivo. Sou melhor por estar andando com eles.
O mais importante é que eles gostam muito das minhas ideias, mas estão sempre prontos a me
dizer quando eu estou errado. Eles são time, não claque, eles se preocupam com o resultado e
não em me agradar.

Gosto muito da expressão: “Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar
resultados diferentes”
. Para mim ela é quase definitiva, pois é a essência de muitos erros ou
decisões erradas. Ela é constantemente atribuída a Albert Einstein, porém, não temos
evidência de que ele tenha de fato dito isso. Fica a homenagem, mas o mais correto é dizer que
a origem exata da frase é incerta.

Quem já usou a ferramenta do brainstorm sabe o quanto ela é preciosa. Ao final de um
processo bom, temos um conjunto de ideias que não pertencem a ninguém: são um produto
do grupo.

Reunir pessoas para resolver um problema demanda algumas coisas: respeito às ideias, igual
peso para cada ideia, mas, acima de tudo, confiança, pois entendo que um grupo pode fazer
muito, mas deve saber que a tentativa e erro é a base da ciência. Precisamos estimular o erro,
pois ele é fundamental para a descoberta de novas ideias.

Se posso te dar um conselho, se você tem uma grande ideia, reúna um grupo de pessoas para
te ajudar a dar forma a esse sonho. Não seja um lobo solitário. Em geral eles só fazem sucesso
em atentados. De fato, não me lembro de alguém que eu tenha visto que tenha alcançado o
sucesso sem o apoio de um grupo.

Agradeço a três amigos pela inspiração deste texto. Em junho de 1989 eu terminei minha
graduação na FAAP, e tive o prazer de partilhar das ideias e do talento destes três queridos
amigos: Silvia Rozenti kouyomdjian, Carlos Eduardo Kouyomdjian e Alexandre Negri.

Com eles fiz minha primeira empresa, ainda experimental. Nascia a RANK, unindo as primeiras
letras dos nossos sobrenomes. Fomos além do TCC e do trabalho experimental. Juntos,
estivemos na Pepsi para apresentar uma ação promocional para o lançamento de diet Pepsi.

Foram esses três amigos os primeiros a confiar no meu talento. Foram os primeiros a incentivar
minhas ideias. Foram eles que talvez tenham visto talento onde eu só via dúvida. Dedico este
texto a esses três queridos amigos. Este mês comemoramos 34 anos da apresentação de nosso
TCC. Obrigado por caminharem comigo! Vocês são parte importante desta caminhada.

Se puder mande um alô para as pessoas que fizeram um trabalho especial com você.

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