Em uma palestra durante o Web Summit Rio, Vitor Olivier, CTO do Nubank, informou que a empresa está trabalhando na construção do seu próprio modelo fundacional de inteligência artificial com base nos dados de seus clientes e seus produtos. O objetivo é tornar a operação do banco uma “AI-first”.

A inteligência artificial já é bastante usada dentro do Nubank e o banco começou a usar a IA generativa em várias frentes, inclusive como copiloto para seus funcionários nas mais diversas áreas da empresa.

“A gente nasceu “mobile-first” (foco no celular) e “cloud-first” (foco na nuvem). Agora, embora a gente use IA desde o princípio, o posicionamento como “AI-first” (foco em IA) representa uma guinada e se deve ao fato de estar muito evidente como a IA vai transformar as interações com os clientes”, comentou Vitor Olivier.

A transição para uma empresa “AI-first” apoia outra mudança do ponto de vista de portfólio de produtos e relacionamentos com os clientes. Inicialmente, o Nubank procurou levar a agência bancária para dentro do bolso do consumidor, agora quer levar também o gerente bancário com ofertas personalizadas de serviços para cada pessoa, sendo possível apenas com IA.

Ainda de acordo com Olivier, o banco está construindo o seu próprio “foundation model”, uma infraestrutura de IA proprietária robusta que tem como objetivo identificar clientes a partir de padrões de utilização. Olivier comenta que o Nubank já impede cerca de US$ 350 milhões em fraudes por ano.

“Com os dados dos clientes, estamos mapeando os clientes e um espaço hiperdimensional, entendendo os agrupamentos, as relações não lineares nos dados. Com isso, podemos recomendar melhor em relação ao risco de crédito e risco de fraude; podemos recomendar produtos melhores para o cliente”, comentou.

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