A 11ª edição foi marcada por conteúdos que abordaram a contribuição dos pequenos negócios na transformação de realidades locais
A reportagem que mostra como os ribeirinhos da comunidade de Acaraçú, no Pará, plantam cacau combinado com outras espécies e garantem uma alternativa à monocultura, gerando mais receita para os moradores, foi a grande vencedora da 11ª edição do Prêmio Sebrae de Jornalismo. A produção de conteúdos jornalísticos do Norte e Nordeste foi destaque na noite que celebrou o empreendedorismo na imprensa brasileira em cerimônia nesta quinta-feira (28), em Brasília.
A premiação contou com cinco categorias: Texto, Áudio, Vídeo, Fotojornalismo e Jornalismo Universitário, além do Grande Prêmio Sebrae de Jornalismo, que reconheceu o grande vencedor desta edição. “A contribuição dos pequenos negócios na transformação de realidades locais” foi o tema central deste ano, que bateu o número recorde de inscritos. Ao todo, o Sebrae recebeu 3.076 trabalhos enviados por profissionais e estudantes de jornalismo de todo país. Esse resultado é 62% maior que o número de participantes registrados na última edição do prêmio.
Décio Lima, presidente do Sebrae Nacional, aproveitou a ocasião para parabenizar os profissionais de comunicação que contribuem para o avanço do empreendedorismo no Brasil e reforçou o papel da Imprensa na manutenção da democracia. “O que seria do mundo se não fosse o jornalismo? Se não fosse a expressão da verdade que vocês produzem na notícia? Parabenizo todos os profissionais da comunicação, em especial os gaúchos que foram guerreiros em 2024. Vocês são imprescindíveis para a defesa democracia!”
Premiados da 11ª edição
Na categoria Jornalismo em Texto, a matéria premiada foi “Muito além do açaí: Como o chocolate produzido localmente está sendo uma alternativa à monocultura”, do portal paraense Amazônia Vox. A equipe, que envolveu os profissionais Daniel Nardin, Marcio Nagano, Raffa Regis, Ana Paula Santos e Ricardo Garcia, fez uma dobradinha e garantiu outro troféu: o do Grande Prêmio Sebrae de Jornalismo, no qual concorrem os primeiros colocados de cada categoria principal.
Foi para o Nordeste o prêmio na categoria Jornalismo em Vídeo, com a reportagem “A força dos pequenos exportadores”. Veiculado na TV Bahia, o conteúdo foi produzido por Eduardo Oliveira, Jefté Rodrigues e Douglas Oliveira.
Mauricio Max levou o troféu na categoria Jornalismo em Áudio com a produção “Especial Amazônia na moda: a voz da resistência e visibilidade”. A Rádio BandNews Difusora no Amazonas foi a responsável pela transmissão do material vencedor.
Marina Silva e Gabriel Moura foram os ganhadores na categoria Fotojornalismo. O veículo baiano Correio divulgou as imagens vencedoras na matéria: “Na rua, na régua, na henna: beco na Avenida Sete é salão de beleza a céu aberto”.
Grande novidade da 11ª edição do PSJ, a categoria especial Jornalismo Universitário premiou as estudantes de jornalismo Ana Carolina Izidoro Melo, Maria Vitoria Pereira de Oliveira Souza e Milânia Ribeiro dos Santos. A produção foi publicada no Portal Contexto da Universidade Federal de Sergipe.
“Ficamos pensando no que falar do município de Itabaiana. Pesquisamos e descobrimos que a castanha é um patrimônio do estado. A partir disso, vimos que as pessoas do município trabalhavam com o produto em cooperativas ou no fundo de casa e que era a única forma de sobrevivência daquelas famílias”, recordou a estudante.
O PSJ também dedicou um espaço para homenagear a imprensa gaúcha, impactada gravemente devido às enchentes que acometeram o estado este ano. A jornalista Kelly Matos, apresentadora da Rádio Gaúcha, do Grupo RBS, foi homenageada com o prêmio “Jornalista Parceira do Empreendedor”. Ela foi a escolhida pela sensibilidade com que trata os temas relacionados ao universo do empreendedorismo e como uma homenagem a toda a imprensa gaúcha que tem contribuído com o trabalho de recuperação econômica e social do estado, atingido por graves enchentes este ano.
“Faço jornalismo todos os dias, emocionada. Quero agradecer a cada um de vocês. Não vi inscrições do meu Rio Grande do Sul, porque em maio estávamos tentando sobreviver. Fomos brutalmente impactados. Cada um de nós parava para respirar um pouco e seguir lutando e salvar cada um que estava sofrendo por conta da enchente”, relembrou a jornalista. “Graças a esse espírito empreendedor, de solidariedade, de união, de não desistir, estamos de pé. Muito obrigada por lembrarem do povo gaúcho”, completou Kelly Matos.
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