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Não tenha medo de errar

Nós temos muito medo de errar, e entendo que este é um grande limitador de carreiras. O medo paralisa, o medo nos faz repetir fórmulas, processos e comportamentos. Quem nunca foi orientado a não ousar com a frase: “aqui sempre fizemos desta forma”.

A repetição é confortável, mas ela não nos traz nada novo. O ser humano sempre foi estimulado a buscar novos sonhos, planos e ideias. A inquietação é o motor que nos move e não a segurança da nossa zona de conforto.

É atribuída a Albert Einstein a frase: “Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”. Não sei de fato se a frase é dele, mas eu sempre volto a ela para me motivar a buscar novos desafios.

Errar pode ser um motor de propulsão para seu desenvolvimento, pois é só quando erramos que aprendemos. Eu gostaria de aprender nas vitórias, mas nas vitórias apenas celebro, pois estamos meio que anestesiados para pensar em aprendizagem. Estamos celebrando, estamos vencendo. Se está certo, não precisamos de mudança.

Se voamos num avião hoje, nós devemos isso às constantes simulações. Pilotos são treinados em situação críticas em simuladores a partir de situações reais. Aproveitamos os erros do passado para aumentarmos o nosso conhecimento.

Os erros aumentam nosso repertório. Vou usar dois exemplos do universo gastronômico, mas se pesquisar na sua carreira vai lembrar de processos que começaram errados e se transformaram em cases de grande sucesso.

Se você gosta da sobremesa Petit Gateau, uma provável invenção norte-americana, apesar do nome francês, talvez não se tenha dado conta que na primeira vez que ela foi feita, ela era um bolo que não estava pronto, que ainda estava com sua massa crua, portanto um bolo que não deu certo. Mas foi a percepção do chef que o produziu que o transformou num novo modo de comer bolo, numa nova receita.

O panetone, tradicional produto natalino, é a receita criada por um padeiro italiano, o Toni da cidade de Milão. A história que se conta é que, após trabalhar exaustivamente na véspera do Natal, ele preparava ao mesmo tempo uma fornada de pães e uma massa de torta a pedido do seu chefe. Por estar cansado, acabou colocando as frutas da torta na massa dos pães e tentou consertar a falha acrescentando também frutas cristalizadas, manteiga e ovos na receita. Nascia o “Pani di Toni”, ou como conhecemos hoje, o panetone. Foi um erro que nos deu este presente.

Os erros nos fazem pensar, eles alteram nosso humor e nos fazem repensar processos, mas a essência para o desenvolvimento é a forma como encaramos o erro. As pessoas que eu admiro não se abatem com seus erros. Elas sofrem com eles, mas sabem se valer deles para seu crescimento.

Tenho o hábito ao final de cada projeto, seja simples ou complexo, de realizar uma avaliação sincera e principalmente sem egos. Eu adquiri este hábito a partir de duas influências. Quando estive na WarnerMedia, descobri a ferramenta do “post mortem”, uma técnica de avaliação de projetos. Uma forma de avaliar aquilo que funcionou e não funcionou ao final de um trabalho.

Meu amigo Adão Casares me apresentou a ferramenta da “Cadeira Quente”, uma outra ferramenta criada pelo time de prospecções da Lew,Lara para avaliar cada processo de concorrência e para aprender com erros e acertos. É legal dizer que ela surgiu após um período de derrotas, e após sua introdução os resultados positivos só cresceram.

Mas isso requer coragem, pois precisamos aprender a ouvir críticas sobre o nosso trabalho. Precisamos buscar as nossas referências: pessoas do nosso time em quem podemos confiar. São essas pessoas que vão nos dar os melhores feedbacks de nossas carreiras. Para mim, o segredo do feedback é que ele precisa ser dado por pessoas que estão envolvidas no processo, ou que já trabalharam nas mesmas condições.

Quando você decide aprender com seus erros você aprende a essência da inovação. Se a cultura da sua empresa não tolera erros, eu tenho certeza de que vocês também não são inovadores. Para inovar é muito importante entender que nem tudo vai dar certo. Erramos muito antes de acertar, mas o acerto é sempre muito bom.

Na pilha dos erros estão aprendizados e experiências que serão usadas em outros projetos. Eu já tive a chance de aproveitar uma ideia antiga rejeitada por um cliente em outra empresa e em outra situação. Para o sucesso, na segunda vez, eu aproveitei todas as rejeições do primeiro cliente, e assim estava pronto para prever todas as possibilidades de rejeição.

Sinceramente espero que você acerte bem mais do que erre. Mas se o erro chegar, meu desejo é que você se fortaleça com ele. Busque os aprendizados e lembre-se: o treino é a base do desenvolvimento. Treine, treine e treine. Só assim você estará cada vez mais preparado e principalmente terá rotinas para reduzir seus erros.

Invista em você, invista na sua carreira.

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