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“Não entendeu? Quer que eu desenhe?”

Sendo a metáfora uma figura de linguagem que tem por definição a comparação de forma implícita por meio de uma transferência de significado entre uma palavra e outra, o diretor de arte Kazunori Shiina desenvolveu, em parceria com a redatora Chandani Karnak, uma peça com base na metáfora para explicar a desigualdade do mercado entre homens e mulheres.

Não é de hoje que sabemos que existe essa diferença brusca no mercado de trabalho entre homens e mulheres, mas quando são criadas peças como essa ressurge o alerta e volta-se o olhar para o quão importante é essa causa. Dados da pesquisa “Estatísticas de Gênero”, de 2014, pelo IBGE, mostram que cresceu a desigualdade entre homens e mulheres no mercado formal de trabalho, embora tenha aumentado a proporção de pessoas do sexo feminino em idade economicamente ativa trabalhando ou buscando emprego — a chamada taxa de atividade. O estudo, elaborado com base em dados do Censo 2010, também mostra resultados onde as diferenças salariais entre elas e eles ainda é grande, já que as mulheres recebem cerca de 70% do rendimento médio dos homens.

A peça mostra de forma bem didática, bem como a definição dada no início do texto, que existe sim a desigualdade institucional corporativa e que ela é muito clara no cotidiano das empresas. “Passo da desigualdade: o caminho até o topo não é o mesmo para homens e mulheres”, diz o slogan do projeto, publicado em centenas de páginas no Facebook.

Resta torcer para que o impacto causado pela peça saia das ruas e adentre nas mais diversas realidades das empresas.

 

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