Eu costumo assinar embaixo de grande parte dos ditos populares, mas tem um deles que não consigo concordar, embora – claro – existam diversos pontos de vista e que dariam horas e mais horas de discussões em volta de uma mesa de bar (me chamem, hein). Mas este a qual me refiro é o velho “no mundo nada se cria, tudo se copia.”

Acredito que as referências são sim perfeitas e necessárias para qualquer trabalho, mas devem servir como inspiração, como base, como referência; jamais como cópia. Um pedido de um cliente acompanhado de uma referência nunca deve ser reproduzido, ter seus elementos transferidos ou sua ideia transportada. Isso é cópia!

Muitos devem pensar: “mas é quase impossível criar algo que ainda não existe, ou que ninguém nunca criou.” Pois é, este é o desafio diário dos criativos das agências de publicidade, que precisam ser geniais muitas vezes ou que precisam encontrar saídas para resolver problemas de vendas dos clientes.

Ser criativo não basta. É necessário ser eficiente. Como disse o mestre David Ogilvy: “Não quero que você diga que meu anúncio foi criativo. Quero que o ache tão interessante, que compre o produto.” E assim muitos criativos acabam por usar a simplicidade para ser mais efetivos do que criativos, porque o foco acaba sendo nos resultados. Assim sendo, abre-se um leque de possibilidades de ser original e de usar referências, tanto criativas quanto que deram certo no quesito efetividade.

Podemos usar uma referência recente do filme publicitário do Itaú, tendo como protagonistas Marcos Mión e o ator Silvester Stallone. Ideia simples, genial e com produção pouco custosa (entre aspas, claro). De forma original, o time criativo da agência Galeria mandou bem demais em criar algo que ninguém tinha feito ainda, mas usando referências. Quanto à efetividade, basta navegar pela internet e ver a repercussão que o filme está fazendo por aí, não apenas entre os publicitários, quanto por todo o país.

Então é sobre isso. Ser criativo, simplista e entender que nem todas as ideias são custosas, mas que todas elas devem ser efetivas e, acima de tudo, originais. Afinal, se nada se copia, tudo pode ser criado, bem criado.

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