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Maximídia 2012 teve encerramento de gala com palestra de um cara “gênio” e “pateta”!

O segundo e último dia de Maximídia 2012 foi ainda mais intenso que o primeiro por conta de um número maior de painéis apresentados.

Não teve Nizan, Justus e cia mas ainda assim foi um dia também marcante por conta dos temas e do alto nível dos palestrantes e debatedores presentes.

Os trabalhos iniciaram às 09h30 com o painel "A realidade do Omniretail – Como o varejo se transforma na era digital" e teve como debatedores, Flavio Rocha (Riachuelo), German Quiroga (Nova.com) e Jorge Letra (DiCico) sob a moderação de Marcos Gouvêa (GS&MD).

Trataram sobre o crescente aumento do poder do consumidor no mundo que acaba por aumentar também a importância estratégica do varejo, que se amplia ainda mais com o uso dos diferentes canais de relacionamento com esse público.

Foi uma apresentação bacana onde alguns números apresentados referentes ao crescimento da Rede DiCico no Brasil, surpreendeu muitos que ali estavam.

Um pouco mais tarde, teve início a palestra oferecida pelo Grupo RBS, co-patrocinadora do evento.

O painel foi com Camila Wallander, CEO da Berghs School of Communication, da Suécia, que também palestrou esse ano em Cannes.

Sob a moderação de Felipe Goron, excelente cara, Camila falou ao público presente sobre os processos de transformação  da comunicação que integram diferentes disciplinas para promover soluções inovadoras.

Camila, foi Diretora de Marketing da Scandinavian Airlines e de lojas de departamento na Suécia. Disse ser apaixonada por criar novos formatos de se fazer comunicação e que sempre se esforçou para construir parcerias fortes com as suas agências fugindo dos formatos tradicionais.

Foi bacana a palestra de Camila, pois levou aos presentes, uma nova forma de pensar comunicação. Era a academia dando conselho pro mercado. Genial!

Logo após, foi a vez do esporte entrar em campo. Sob o tema: "O marketing esportivo no País da Copa do Mundo e das Olimpíadas: como ganhar esse jogo", deu-se início o terceiro painel do dia.

Luis Groterra e Luiz Paulo Rosenberg foram os palestrantes, enquanto o Presidente do Santos, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, Walter de Matos Junior, do Lance e Marcell Sacco, da Holding Clube, debateram sobre o assnto. Todos estavam sob a moderação do nada moderado e até chato jornalista Juca Kfouri.

Falaram sobre o assunto mais batido do momento que é a oportunidade que o país tem de atrair investimentos e se modernizar com a realização da Copa do Mundo e também das Olimpíadas, dois anos depois no Rio de Janeiro. 

Sinceramente, creio que o debate não agradou como muitos esperavam. "Foi meio que chover no molhado", disse um profissional que acompanhava a discussão da plateia.

Desta forma, às 15h00, teve início o painel "Vozes da Classe Média" oferecido pela Record. Tendo como palestrante o Ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Sr. Moreira Franco, com participações do jornalista Heródoto Barbeiro e de Renato Meirelles CEO do Data Popular.

Este último, apresentou uma pesquisa excelente sobre a nova classe média brasileira por um ponto que ainda não tinhamos visto. Disse que a classe média de hoje não está mais preocupada com a conta de luz ou quanto custa o básico, mas quer ter uma banda larga rápida, adquirir produtos de qualidade, cuidar da beleza e ser bem atendido onde quer que seja.

Mostrou o desconhecimento que os mais ricos tem sobre a condição dos mais humildes no nosso país, através de um vídeo genial. 

Logo após, Diretores de Marketing de grandes anunciantes brasileiros como Vivo, Magazine Luiza, Unilever e Nissan discutiram sobre as formas de se atingir o consumidor moderno. Frederico Trajano, do Magazine Luiza disse que há 10 anos atrás, não investia um único centavo em mídia digital e que hoje, a internet já representa 20% do seu investimento publicitário. Disse ainda que não tira verba da TV por atender que ela ainda tem um papel fundamental na composição da comunicação da empresa.

Cris Duclos, da Vivo disse sobre as novas formas de se falar com o público da empresa e da necessidade da rápida adaptação do anunciantes nesse sentido, uma vez que a Vivo é uma produtora de tecnologias e as pessoas já esperam isso dela. Disse que apenas os 30" da TV não são mais suficientes para a Vivo, como já foi um tempo atrás.

A penúltima apresentação da noite teve o tema "Inovar é preciso, mas como fazer?", onde de quatro participantes, apenas Mentor Muniz Neto informações relevantes e quando perguntado sobre o case mais inovador e desafiador de sua empresa, respondeu que sem dúvida alguma foi apostar e manter a Bullet, nos últimos 21 anos e quando ainda lá atrás, ninguém afalava ou acreditava em inovação. Arrancou aplausos de todo o auditório.

A tão aguardada palestra de encerramento do Maximídia 2012, aconteceu num auditório lotado, por volta das 18h15.

Dan Wieden, da Wieden+Kennedy, fez uma palestra de mais ou menos 25 minutos sob o tema: "Wieden + Kennedy: 30 years of independence, chaos and fun".

Depois respondeu por mais uns 15 ou 20 minutos perguntas feitas pela plateia e encaminhadas para a jornalista do Meio & Mensagem, Regina Augusto que dividia o palco com Dan.

Dan Wieden deu um show. Com muita simpatia, iniciou sua apresentação falando que na noite anterior havia assistido a novela "Avenida Brasil', arrancando risos da plateia.

Falou de Portland, sua cidade natal e da vergonha que se tinha ao falar que era publicitário, nos tempos que ele começou.

Contou sobre seus desafios de vida, suas convicções e seu objetivo de fazer algo que lhe desse prazer. Explicou de forma calma e ao mesmo tempo objetiva, como uma agência da pequena Portland se transformaria, 30 anos depois, na maior rede independente de agências do mundo presentes em 7 países. 

Disse que o que mantém ainda na ativa é a vontade de inovar e sair da zona de conforto. Segundo ele, só cresce quem arrisca e lidar com possíveis fracassos faz parte da profissão. Contou sobre a conta da Nike que se desligou de sua agência, mas que meses depois, retornou à Wieden + Kennedy.

Falou ainda de clientes como P&G, Levis e Chrisler.

Disse jamais vender sua agência de publicidade para grupos de comunicação. Arrancou aplausos da plateia quando disse as seguintes palavras: "Não somos a favor de ter centenas de
agências! Queremos ter 8 ou 9 escritórios mas com gente de mais de 60
países! Podemos diminuir, ajustar, mas em hipótese alguma, venderemos um
dia a empresa. Não tem problema se um dia tivermos que abandonar tudo e
voltarmos à prancheta",
disse Dan Wieden.

Sobre o escritório no Brasil, inaugurado em 2010, disse que o país tem uma cultura peculiar e que por isso, eles ainda tem muito que aprender, mas que está sim satisfeito com o trabalho do escritório aqui no Brasil.

Foi uma aula de boa publicidade aos que estavam alí presentes e tiveram a oportunidade de escutá-lo.

Por fim, quando perguntado como ele mesmo se definiria, com muito bom humor, respondeu: "Sou um pateta!"

E desta forma bem humorada é que se encerrou a segunda mais uma edição do Maximídia 2012, desta vez, sem a tradicional Feira de Negócios, tão frequentada nos anos anteriores.

O Blog do Crespo esteve lá nos dois dias e tentou trazer tudo de bacana à vocês leitores.

Um grande abraço.

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