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Fonte: envato

Livros não terminados

Os olhos chegam a brilhar ao entrar numa livraria. A escolha pelo melhor título, o convencimento pela capa mais bela e curiosa, a indicação de um amigo descrita num post it guardado no bolso e que, ansiosamente, buscamos por um auxílio ao vendedor da loja que procura no sistema: “só temos um exemplar”.

  • É meu!

Faminto pelas histórias novas e ricas debaixo do braço, na fila do caixa, e com o sorriso de orelha a orelha, o planejamento de qual livro vou ler primeiro já passa pela cabeça. Ao chegar em casa, tiro os sapatos, sento-me no balanço na sala (sim, tenho um balanço na sala) e começo a ler. Devoro dez, quinze páginas rapidamente. Faço uma pausa com o telefone que toca: coisas do trabalho. Largo o livro com a promessa de ler mais tarde.

À noite, levo o livro para a cabeceira – nova residência dele a partir daquele momento (mal sabe ele). Antes de dormir, leio mais umas cinco, seis páginas antes de adormecer em cima das letras miúdas das páginas abertas. Acordo, coloco o livro na cabeceira e…

Leia o texto novamente.

Análise

Muitos podem achar que o problema está no conteúdo do livro, no tema, no tipo de leitura, mas não está. A culpa nem sempre é do que você está lendo, é nossa, mesmo. Andamos tão cansados, alienados com o mundo virtual, com as multitarefas que assumimos pra gente, que deixamos de lado uma das coisas mais importantes para nosso desenvolvimento mental. Ler é um exercício necessário para estimular nosso cérebro, para melhorar nosso vocabulário, nossos argumentos, desenvolver nosso conhecimento e aprender sempre algo novo.

Que a gente possa esquecer menos livros nas cabeceiras, e que textos como esses possam ter, em vez de “análises” como conclusão, um merecido final, assim como os livros não terminados.

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