Este ano, os brasileiros são os que mais sofrem influência dos influenciadores na decisão de compra de um produto, dados de uma pesquisa feita pela Statista Global Consumer Survey que ultrapassa de 40%. Responsável por isso é o trabalho de marketing de influência que está ganhando cada vez mais relevância e o momento pandêmico que vivemos colabora para os criadores de conteúdo abordarem uma comunicação estratégica para marca. Além disso, existe uma alta expectativa para o crescimento dessa comunicação. No entanto, essa leitura supera os fatos expressados por números.
Responsabilidade, compromisso e, principalmente, autenticidade são características cruciais para influenciar alguém; atualizações e mudanças geradas nos aplicativos, em específico o Instagram, obrigam os criadores de conteúdo uma mudança de comportamento e, consequentemente, reflete em seus seguidores, e a preocupação começa aqui, até onde conseguimos seguir com nossa autenticidade?
Entramos numa rotina de sermos influenciados, impactados a cada minuto com uma nova tendência e o desejo de ter, de pertencimento é despertado em nós, mas quando é conquistado já se cansou de ter visto tal peça diversas vezes e torna-se ultrapassada. Investem o futuro disso na geração Z que possuem forte presença no digital; por um lado temos uma geração muita engajada, desconstruindo hábitos e motivados para mudanças, em contrapartida, uma geração padronizada, querendo e usando as mesmas roupas e produtos. Mas, afinal, com tantos canais de informação, o que explica essa atitude igualitária?
Não há nada que justifique por inteiro essa atitude, e sinto que ninguém tenha uma resposta pois trata-se de singularidade, porém a responsabilidade e reflexão é nossa; nós ditamos e as marcas seguem, não o oposto como muitos acreditam, a marca adere aquilo que a massa gosta e defende para se identificarem com ela, será que nossa mensagem é coerente?
Acredito que este pensamento é sentimento de muitos e está sendo disseminado, e aos poucos a mudança está acontecendo, exemplo disso: investimento e credibilidade naqueles “nano influenciadores”, com cerca de mil a dez mil seguidores, com pequeno alcance em comparação àqueles com maiores números, mas com alto engajamento e que conseguem aproximar sua audiência, gerando identificação com a realidade.