Antes da última semana do ano, sob a pressão do tempo, é tão natural e normal estarmos exaustos. Estamos sempre correndo, sempre atrasados atrás das listas que criamos. Este texto não é meu, estou apenas conectando os pontos.

Ele é de Oswaldo Lenine Macedo Pimental, o cantor e compositor Lenine, que nos presenteou com esta preciosidade, a música “Paciência”. Se nunca ouviu, ouça agora. Mas este texto também é do genial Simon Sinek, que me ensinou em um vídeo que precisamos dar valor às pessoas de nossa vida. Deixei o link do vídeo dele abaixo. Este texto também é da VIVO, que me ensinou neste fim de ano que: ‘Tem tempo para tudo’:

Não sei você, mas tenho a sensação de que o tempo está cada vez mais veloz. Eu sei que você vai me dizer que isso é papo de velho, não me importa; pode até ser, mas percebo que são nossas prioridades e a forma como vivemos que ampliam essa sensação de velocidade.

Quero citar Lenine e pedir um pouco mais de paciência neste fim de ano. Infelizmente, esta vida acelerada e conectada nos mantém sempre em estado de alerta. Fiz uma pesquisa no Linkedin e perguntei se você se desconecta totalmente ou permanece conectado após o expediente. O resultado foi que 52% afirmaram que permanecem conectados após o fim do expediente.

Gosto do texto de Lenine quando ele diz: ‘Enquanto todo mundo espera a cura do mal e a loucura finge que isso tudo é normal, eu finjo ter paciência’. Gosto porque esse senso de urgência é tão estranho, tão bobo, e às vezes tão fugaz. Quem não conhece alguém que se foi no meio de várias tarefas?

Este ano, assisti a um filme que não me lembro de ter visto no ano em que aconteceu. Ele mostra em 1994 Ayrton Senna dentro da Williams minutos antes daquela que seria sua última volta. Me impressionei pensando em como ele não fazia a menor ideia do que aconteceria em minutos. Ele estava concentrado no carro, aliás, como sempre fazia. Fico pensando nas coisas que passavam em sua mente. Entendi o que Lenine repete em várias partes da letra: a vida é tão rara.

Lenine nos ensina em sua música que: ‘Será que temos este tempo para perder’. Já te disse em meus textos que as únicas pessoas que vão se lembrar o quanto você trabalhava são seus filhos e suas pessoas queridas, frase perfeita da coach executiva Nancy F. Clark. No final, todo esse tempo em alerta ou no escritório terá pouca importância.

Vivemos tempos estranhos. Hoje vejo um monte de gente doente, sofrendo as angústias de sua vida hiper conectada, com desejos de likes e respostas urgentes. Para essas pessoas, cito Lenine e peço paciência.

Aprendi com Simon Sinek, outro cara genial, que se você está sentado num jantar com seus amigos e deixa o celular em cima da mesa, para cima ou para baixo, não importa, você manda uma mensagem para as pessoas que estão com você de que elas não são tão importantes.

Simon me ensinou algo que adotei imediatamente. Hoje, quando vou a um jantar ou quando estou com amigos almoçando, meu telefone está em modo avião, ou em alguns casos, eu nem mesmo o levo. E ele nunca mais estará sobre a mesa. Se eu fui almoçar é para estar com pessoas que eu gosto.

Precisamos de mais calma, precisamos de mais alma, precisamos aprender com Lenine. O tempo nunca para, mas perdemos tanto tempo online para resolver problemas que poderiam ser resolvidos no dia seguinte ou que se resolveriam sozinhos se não tivéssemos tanta conexão.

Hoje, o urgente é tão estúpido que me pergunto quando é que de fato alguma coisa será urgente de fato novamente, hoje convivo com gente para quem tudo é urgente. Enquanto você se mantém neste ritmo frenético, conectado o tempo todo, a velocidade só aumenta, mas meu medo maior é que você não saiba mais se portar num almoço, num jantar com os amigos sem seu celular. Talvez você não saiba mais conversar.

Queria te lembrar a preciosidade do texto de Lenine: a vida é tão rara… Não perca a chance de viver o hoje. A Vivo vive nos dizendo isso em campanhas ótimas. Eles vendem conexão e nos ensinam como estamos perdendo tempo. Na campanha deste fim de ano, eles nos ensinaram que: ‘Tem tempo para tudo’.

Aprenda a desacelerar! Aprenda a se ligar nas pessoas, não nos gadgets. Gaste tempo com as pessoas. E não me entenda mal. Eu não estou dizendo para você ser inconsequente. Estou apenas dizendo para você aproveitar os feriados do fim do ano e os dias livres de recesso para se aproximar das pessoas.

E se o tempo acelerar e pedir pressa, faça como Lenine: recuse, faça hora, vá na valsa. Lembrese de que a sua vida é muito rara. Permita-se ficar sem fazer nada, permita-se ficar de papo para o ar. Jogue conversa fora, gaste tempo com as pessoas que você ama. Se puder, esqueça o celular em alguma mesa. Você já deu tanta atenção a ele este ano.

O importante é gastar tempo como quem é especial para você. Viva um pouco mais desconectado, permita-se. Se ligue nas pessoas, você nunca sabe quanto ainda estará com elas. Faça como eu: invista nas pessoas.

Sucesso na carreira!
Feliz Natal!

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