Quando ingressei no ensino médio aos 14 anos, vivi uma experiência que transformou minha
vida. Naquele momento, não percebi totalmente o impacto desse episódio, mas ele alterou
fundamentalmente minha compreensão sobre o desenvolvimento pessoal. Ao redigir este
texto, percebo que foi a partir desse revés que encontrei motivação para buscar
incessantemente novas habilidades.
Atualmente, vivemos sob o princípio do conceito do “Long Life Learning”, ou, como prefiro
chamá-lo em português, a prática da educação continuada. Embora admita que a expressão
em português não tenha a mesma força, seu princípio é simples: estaremos em constante
aprendizado, adaptando-nos continuamente a novas tecnologias e realidades. Nossa formação
não se limitará ao início da carreira; aprenderemos sempre e cada vez mais.
Embora seja fácil afirmar isso, compreendo que algumas pessoas considerem impossível
ensinar algo a alguém mais velho. Pense em atividades simples, como nadar ou andar de
bicicleta. Algumas pessoas argumentam que é difícil ensinar truques novos a alguém com
experiência. Discordo dessa visão, pois acredito que ou essas pessoas nunca tiveram a
experiência certa ou, verdadeiramente, são parte significativa do problema. Para simplificar, é
impossível ensinar algo a alguém que não deseja aprender, e à medida que envelhecemos,
torna-se mais desafiador aprender novas habilidades.
Recordemos a facilidade com que aprendíamos coisas novas na infância, como
compreendíamos princípios e memorizávamos comandos. Com o tempo, perdemos essa
agilidade mental. Isso é científico e prático, ligado ao desenvolvimento do cérebro. As crianças
têm uma neuroplasticidade maior, formando novas conexões neurais de maneira mais rápida.
Entretanto, além desses fatores fisiológicos, há disposições mentais que influenciam o
aprendizado. As crianças têm uma curiosidade inata, um desejo constante de explorar,
experimentar e aprender. Isso é uma disposição que pode ser estimulada e incorporada à vida
adulta. Meu primeiro conselho é ter a curiosidade das crianças.
Outro ponto crucial é que as crianças possuem menos bagagem cognitiva, sendo mais
receptivas a novas informações sem filtros preconcebidos. O segundo conselho é não ficar
preso a ideias antigas; permita-se discordar e descobrir constantemente o novo.
Agora, abandonando a ciência, passemos ao lado prático. Aos 14 anos, uma professora
solicitou uma apresentação oral sobre um conceito, e meu tema era matéria-prima. Apesar do
nervosismo visível, e do papel em minha mão que insistia em tremer fazendo minha classe rir,
eu fui até o fim, e essa experiência inicial me incentivou a desenvolver minhas habilidades de
apresentação ao longo dos anos. Ao me expor a oportunidades constantes, tornei-me
especialista em apresentações, atuando como professor e palestrante.
Se me permite um último conselho: exponha-se ao novo. Busque desafios diários e aprenda
algo novo sempre que possível. Se há algo em sua carreira que ainda não domina, estude,
treine e procure orientação, mesmo que seu mentor tenha 14 anos e viva sob o mesmo teto
que você.
A experiência no início do ensino médio, quando o papel da minha apresentação tremeu, me
fez ver que posso treinar e aprender algo novo em qualquer idade. Portanto, mantenha-se
aberto ao novo. Em um mundo que exige constantes aprimoramentos, permita-se vivenciar
novas ideias, tecnologias e soluções. Faça algo novo todos os dias!
Sucesso em sua carreira!
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