A batalha de hoje ultrapassou o cenário publicitário e virou caso de justiça. Trata-se do caso que deixou os produtores da cerveja gelada de cabeça quente.
Temos no palco duas empresas de cerveja concorrentes: a Nova Schin e a Brahma.
A Brahma foi criada por um imigrante suíço no Rio de Janeiro em 1888, chegando ao posto de quinta cerveja mais consumida no mundo. É uma marca internacional da AmBev que está presente em 31 países ao redor de todo o mundo.
Já a Nova Schin foi lançada em 1999, pela Schincariol, e ficou famosa por respeitar a Lei da Pureza Alemã. Era uma cerveja pilsen chegou a ser a terceira mais consumida no território nacional. A cerveja posteriormente se tornou da Brasil Kirin e foi adquirida pela Heineken.
Mas a nossa batalha publicitária começa com um garoto-propaganda pra lá de icônico. Zeca Pagodinho assinou um contrato estimado em 1 milhão para promover a nova cerveja da Schincariol, a Nova Schin.
O contrato foi uma grande surpresa para o público, já que Zeca Pagodinho era famoso pelo seu amor pela Brahma.
A campanha com Zeca, Luciano Huck, Aline Moraes, Fernanda Lima e Thiago Lacerda e mais de 500 figurantes foi um sucesso instantâneo e a Nova Schin foi catapultada para o sucesso no mercado. Tudo muito belo até que o novo comercial da Brahma com o mesmo garoto-propaganda e notório bebedor de cerveja dividiu as opiniões dos público no Brasil todo.
Brahma, Amor de Verão (com qualidade ruim)
Nesse outro filme publicitário, em um pagode romântico, Zeca canta “Fui provar outro sabor, eu sei. Mas não largo meu amor, voltei”, (in)diretamente mencionando a Nova Schin com algo momentâneo. O problema é que o contrato milionário que mencionamos mais cedo ainda estava valendo e Zeca continuava como garoto-propaganda da Nova Schin.
A Nova Schin então processou a Brahma por “seduzir” Zeca criando um processo que durou cerca de 1 ano e acabou condenando a agência Africa, do publicitário Nizan Guanaes, ao pagamento de uma indenização por danos morais de R$ 500 mil à Fischer América Comunicação, dona da conta da Nova Schin, além de R$ 100 mil à empresa All-E Esportes e Entretenimento Ltda (One Stop).
O veredito saiu em 2005, mas talvez a manobra ousada e a multa paga tenha valido a pena, já que Zeca Pagodinho continua sendo um dos garotos-propaganda da Brahma, estampando até uma lata de edição comemorativa do pagodeiro.
Você lembra desta história? Acha que Zeca errou ou vale tudo nesse jogo das cervejas? Você é #TEAMBRAHMA ou #TEAMNOVASCHIN?
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