A saúde psicológica das pessoas que procuram se inserir no mercado em tempos de pandemia e como o LinkedIn pode servir de gatilho mental.
Com o aniversário de um ano da quarentena, o aumento dos casos de brasileiros que sofrem com transtornos mentais, como a depressão, a ansiedade e o estresse, é cada vez maior. As notícias rotineiras sobre os números de casos fatais por covid-19 desanimam qualquer um e é comum que, com isso, a produtividade individual desacelere. Em contrapartida, devido a diminuição da mão de obra nas empresas, as qualificações exigidas pelo mercado estão tornando-se cada vez maiores.
O medo do desemprego desencadeou em uma pressa (ainda maior) em se mostrar essencial naquilo que faz ou que pode fazer dentro do mercado. Um exemplo disso é o aumento na procura de cursos livres. Trabalhadores estão buscando, como sempre, se destacar. E, a mídia social corporativa é o lugar exato para isso.
O LinkedIn se tornou uma ferramenta imprescindível para a recolocação de indivíduos no mercado de trabalho. Ele é a ponte de comunicação que faltava entre trabalhadores e empresas.
Entretanto, sua excessividade pode ser prejudicial.
Assim como toda e qualquer mídia social, a situação de comparação, dentro do LinkedIn, é real e presente. Isso porque há uma movimentação comum e abundante da exposição do desenvolvimento próprio que, diante do cenário atual, pode trazer um sentimento de inferioridade em qualquer pessoa que sofre com a exaustão psicológica.
E, dessa forma, ficamos sem saída. A explosão de sentimentos é devastadora.
Precisamos nos reinventar como indivíduos, concorrer com outros e a nós mesmos, durante uma epidemia mundial. O desafio é elevado ao quadrado.
Por isso, não ponderar o uso da ferramenta é estar suscetível à mais gatilhos mentais.
É necessário mediar o que é absorvido em qualquer ambiente, seja ele virtual ou não, e entender o tempo de cada um.
Precisamos desacelerar para apreciar a vista.
E enxergar calma em momentos preocupantes.
Pois a ansiedade se espreita lugares tão pequenos, que passa despercebida.