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A mulher e os desafios no mercado publicitário

Cada vez mais discutimos sobre a igualdade de gênero no mercado de trabalho, desde a contratação até o salário. Gradativamente esse assunto vai tomando força, principalmente pelo apelo social. No entanto, mesmo com os avanços, ainda existem muitos desafios significativos que as mulheres enfrentam no mercado.

No ramo da publicidade não é diferente, a área é majoritariamente masculina, principalmente em cargos de liderança. Em uma pesquisa feita pelo Meio & Mensagem, a presença feminina no meio de criação é menos de 26%. Entre as agências que fizeram parte da pesquisa, mostra que apenas 14% dos cargos de liderança são ocupados por mulheres.

Além disso, segundo uma pesquisa da More Grls (2020), elas ocupavam apenas 25% do total de profissionais da área de criação, enquanto os homens eram 75% dos líderes do departamento.

A falta de diversidade nas lideranças também tem impacto na tomada de decisão em relação aos algoritmos e tecnologias de segmentação ao público, já que sem uma representação igualitária e uma perspectiva feminina, as marcas podem falhar em suas campanhas por não se conectar com o público feminino de forma autêntica e significativa, gerando conteúdos sem representatividade.

Um exemplo disso são os comerciais de absorventes que, por anos, mostravam mulheres em situações irreais. Elas usavam calça branca justa e andavam de bicicleta durante o período menstrual. Isso claramente não ressoa com a experiência real de muitas mulheres”, reflete Marianna Souza.

Além das problemáticas com salários e contratações, as mulheres também precisam lidar com assédio no ambiente de trabalho, desvalorização de suas competências e habilidades. Em uma pesquisa feita no Brasil, 71% das publicitárias já sofreram algum tipo de assédio no ambiente de trabalho.

Embora o assunto esteja tomando mais força, ainda existem situações problemáticas. “Recentemente, acompanhei um caso em que uma estátua de um produto de limpeza causou escândalo por ter a mão de uma mulher negra [Ypê, Quimica Amparo, 2023]. Isso evidencia como a representação ainda é um desafio em determinados setores”, destaca Liliane Rocha, CEO e fundadora da Gestão Kairós.

Por isso, é necessário que as marcas e agências busquem por histórias que se importem em trabalhar com uma escuta ativa e inclusiva, atendendo os desejos e necessidades de todos os seus consumidores, ou seja, nada melhor do que ter mulheres desenvolvendo conteúdos direcionados para outras mulheres, compreendendo melhor seus desejos e necessidades.

Apesar de todos esses desafios, ainda existem sinais encorajadores de progresso: cada vez mais as empresas estão reconhecendo a importância e necessidade da inclusão no mercado de trabalho. Afinal, grandes resultados só podem ser alcançados quando todas as vozes são ouvidas e todas as histórias são contadas.

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