Todo ano é a mesma coisa! Família reunida, troca de presentes, comida gostosa e todo mundo super arrumado, mesmo que a noite de Natal seja realizada dentro da própria casa. Tem frutas cristalizadas, vinho fino trazido pelo avô, pernil saindo do forno feito pelos pais, crianças curiosas em volta da árvore e, claro, o tio do pavê.

Mas piadas à parte, e à parte mesmo, hoje vamos falar da vovó. Aquela que em meio a todas essas situações fica ali sentadinha no sofá só observando, enquanto aguarda a ceia de Natal.

Numa mão uma taça de vinho, enquanto a outra mão chama você. Isso, você mesmo que está lendo este texto.

• Hey, fulano(a). Quanto tempo não te vejo, como você está moço(a)!

Independentemente da sua resposta, ela continua…

• E aí, vai me dar mais netinho, não?

E ela segue o jogo…

• Precisa vir mais ver a vovó, sabe como é. Tô ficando velha…

Aí ela termina:

• E o trabalho? Tá bem? Aliás, você faz o quê mesmo?

A partir daqui é outro texto. Uma pane geral acontece em sua cabeça, sem saber o que dizer, como falar, quais termos usar. Como explicar pra vovó que você é um(a) publicitário(a)?

Pois bem, depois de tanto questionamento, respostas em vão, lá está você, na tentativa de explicar de maneira simples o que você faz, enquanto ela questiona:

• Ah, você arruma computador? Disse que tem que mexer na internet….

E lá está você, tão acostumado a argumentar, apresentar campanhas, ser criativo… e não consegue explicar pra sua avó o que você de fato faz.

Você desiste, vai pra cozinha e dá um perdido na vovó.

Ela então pega o celular, abre o WhatsApp e escreve uma mensagem pras amigas do tricô:

• Mais um ano fingindo que não sei o que meu neto faz, só pra poder ficar um pouco mais de tempo com ele no Natal. Muito feliz por isso!

Nesse Natal, abrace seus pais, tios, primos, filhos e, principalmente, seus avós. Explique quantas vezes for necessário o que você faz, seja criativo, inove, invente, mas viva intensamente a magia do Natal.