Muito se fala de estar disposto a fazer algo pela primeira vez. Tal experiência é de fato muito agradável, necessária e desafiadora. Fazer algo pela primeira vez nos permite ter acesso a novas informações, a um mundo desconhecido, e a experimentos que podem nos tornar pessoas melhores e com muito mais referências. Mas e fazer algo de novo, pela segunda, terceira, quarta vez? Tem alguma graça nisso?

Eu nunca gostei de assistir ao mesmo filme duas vezes. Sempre achei que nas oportunidades de viagem, eu deveria ir para algum lugar diferente. “Figurinha repetida não completa álbum” sempre foi um lema interessante. Mas tudo cai por terra se refletirmos bem sobre os benefícios de repetir as experiências vivenciadas.

São nas experiências repetidas que vemos as coisas com outros olhos, que damos atenção aos detalhes, que somos um pouco mais racionais do que emocionais. São nas repetições que temos chance de fazer algo diferente, de conhecer outro caminho, e até mesmo de comparar as mesmas experiências.

Dessa forma, as referências se multiplicam, a habilidade de entender outros pontos de vista aflora na gente, e passamos a dar atenção àquelas coisas que na primeira vez passaram batido.

Então, mais do que se permitir fazer algo pela primeira vez, que já é algo maravilhoso; permita-se repetir as boas experiências. Permita-se também tentar fazer uma experiência ruim algo diferente, algo novo. Se com os atletas o fator repetição é fundamental para o alcance dos melhores números, com a gente pode ter alguma graça fazer tudo de novo.

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