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Fonte: Divulgação

A falácia do guru: uma reflexão provocada pela excelente obra de Nino Carvalho

“É tolice pensar que tem de ler todos os livros que compra, pois é tolice criticar aqueles que compram mais livros do que alguma vez conseguiram ler. Seria como dizer que deve usar todos os talheres ou óculos ou chaves de fenda ou brocas que comprou antes de comprar novos.”

Quem disse tais palavras foi Umberto Eco, escritor e filósofo italiano, dono de biblioteca pessoal de 50.000 livros, quando questionado sobre o que pensava das bibliotecas domésticas.

Não tenho os livros todos de Eco, é verdade, mas tenho algo em torno de 1.400 em uma biblioteca em minha casa. Feliz por isso e convencido de que sou um leitor voraz sobre várias temáticas e estilos, vez ou outra tomo a liberdade de recomendar uma ou outra leitura por aqui.

Aliás, a última vez que resolvi montar uma lista de bons livros, esse conteúdo virou um post dos mais lidos e repercutidos no Creativosbr nos últimos tempos. A lista está aqui, caso queira depois dar uma olhada.

Mas hoje queria contar um pouco sobre um livro que terminei sua leitura dias atrás. Devorado em menos de 48 horas por esse que vos escreve, a obra do autor Nino Carvalho conseguiu de mim o que nem sempre alguém consegue: prender minha atenção 100% e de forma direta em um livro técnico de marketing. Mais Marketing, menos guru. Esse é o nome do livro, que adquiri semanas atrás, em uma livraria de Higienópolis – na capital paulista –  e que fiquei de madrugada lendo sem parar enquanto comia um pacote inteiro de Trakinas.

Mais Marketing, menos guru. Um belo título, vai…e pra quem vive verdadeiramente do mercado de marketing e comunicação, está mais do que explícito ali sobre o quê pretende dialogar o autor.

O livro de Nino Carvalho é uma mistura de “alguém precisava dizer isso” com “por que eu não escrevi isso antes”. Mas aí você para, reflete e assim como eu não teria conseguido trazer a público o que disse Umberto Eco lá acima, eu também não teria executado com tamanha maestria o que escreve Nino.

Com minha vivência profissional de mais de duas décadas em renomadas agências de publicidade do país e com a atuação na docência quase que pelo mesmo tempo, confesso que constantemente me incomodo com fórmulas mágicas e nuvens de fumaça criadas por pessoas que com cantos de sereia vendem ilusões aos que pouco conhecem da nossa profissão.

Talvez por isso eu tenha me encantado tanto com essa obra. Em um mercado inundado por gurus de marketing e suas promessas de sucesso instantâneo, “Mais Marketing, Menos Guru” surge como um farol de clareza e um guia essencial para profissionais e entusiastas da área. Pelo menos, foi assim que claramente o vi.

O autor, Nino Carvalho, um português brasileiro, com uma linguagem acessível e uma visão crítica, desmistifica as fórmulas mágicas e os atalhos fáceis, convidando o leitor a uma imersão profunda nos fundamentos do marketing autêntico.

O livro não se limita a criticar o modismo dos gurus, mas oferece uma rica análise das origens e da evolução do marketing, resgatando os princípios que sustentam as estratégias eficazes.

Nino Carvalho faz uma revisita necessária às bases do marketing, que provoca o leitor retornar aos princípios da nossa atividade, a fim de, verdadeiramente, termos clareza e a mais absoluta tranquilidade em pulverizar o que realmente é o certo por aí.

O livro ainda aborda como construir marcas relevantes, criar experiências memoráveis para os clientes e gerar valor a longo prazo. Ao longo da obra, o autor compartilha exemplos práticos e estudos de caso que ilustram a aplicação dos conceitos apresentados, tornando o aprendizado mais dinâmico e envolvente.

Aliás, talvez por unir o prático do mercado ao acadêmico, o que certamente me fez linkar ainda mais à obra e ao autor, penso que a quantidade de referências que se traz a tudo que é dito é de invejar-se, além de demonstrar a todo instante a credibilidade que tem quem o escreve.

Parabéns, Nino. Obrigado, Nino.

Temos mais de 300 amigos em comum nessas tais de redes sociais, mas eu ainda não te conhecia.

Uma obra muito, mas muito necessária, aos dias atuais.

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