Uma das tendências mais fortes de hoje, embora não seja nova, a Economia Colaborativa fortalece o compartilhamento no lugar da simples compra. Compartilhamos o que é necessário e quando é necessário. É o que a Uber e a Airbnb fazem, por exemplo.
Mas tem uma coisa muito interessante que todos esses serviços têm em comum, e que talvez seja a maior chave para enxergarmos como a tendência do compartilhamento tem espaço hoje: todas nos fazem compartilhar, ou aproveitar de algo que outra pessoa compartilhou, como algo normal, mesmo que as duas pessoas envolvidas nessa troca sejam completas estranhas.
E isso que é o mais curioso: a Economia Colaborativa se tornou uma tendência tão forte a ponto de afetar nossas relações com os outros! Confiamos em estranhos para pegar uma carona ou ficar na casa dele por alguns dias. Quando compramos algo novo, em algum momento lemos as avaliações e, mesmo que sem conhecer quem está comentando, somos influenciados de alguma forma.
Olhando para isso hoje parece algo óbvio, né? É que essa tendência já está tão forte que quase não paramos para pensar. E assim, ela deixa de estar apresente apenas naquilo que é físico e também se trata do compartilhamento de experiências.
As pessoas querem compartilhar umas com as outras porque elas confiam nas pessoas, muitas vezes até mais do que nas instituições. Mesmo ela tendo a sua reputação, ela não deixa de ser feita e propagada por pessoas, e essa experiência que o consumidor tem com elas vai afetar sua jornada, em menor ou maior grau, dependendo de em qual etapa ele esteja.
Isso se torna de grande interesse para as marcas de hoje porque o compartilhamento através da interação pode ser um diferencial muito importante. Humanizar a marca e abrir o espaço para que as pessoas possam fazer mais parte dela proporciona uma troca de experiências e cria propagadores positivos — e, quanto mais elas compartilham, e de forma cada vez mais natural, mais faz novos potenciais consumidores se aproximarem.
Abrir espaço para que o público possa sugerir e fazer parte da produção de um novo produto é um exemplo de estratégias que descentralizam o “poder” da marca e faz com que ela não seja vertical, afetando de cima para baixo, e sim, horizontal: abrangente, atenciosa e fazendo parte dos outros também.
A atenção que a marca dá ao que está compartilhando e o que faz com que seus consumidores compartilhem faz muita diferença, pois a confiança nos outros e o valor da vivência e troca de experiências são fatores de grande valor no mercado atual, muito mais do que simplesmente comprar algo novo.