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A Propaganda e o Marketing sob o fogo cerrado da sociedade

Recebi ontem, a edição da Revista da ESPM. Trata-se da edição comemorativa dos 15 anos da publicação.
O material é muuuuito bom e está recheado de matérias bacanas.
Ainda não tive de tempo de ler muita coisa, mas aos poucos, acho que consigo.
Sendo assim, resolvi trazer para este blog, o editorial escrito por Francisco Gracioso, que é o Presidente do Conselho Editorial da Revista da ESPM.
Na minha humilde opinião, estava na hora de alguém se manisfestar e nos defender.
A ANVISA divulgou nota na semana passada, regulando a propaganda de medicamentos. Pode uma coisa dessa?
Ainda bem que a Advocacia Geral da União, entendeu o absurdo e no início da semana tornou sem validade a nota da ANVISA.
A classe política não tem moral para julgar ou tentar melhor regulamentar a nossa profissão. O Congresso vive uma crise moral e sem boas perspectivas para o futuro.
Eles deveriam se preocupar com isso e não com a nossa profissão. Mas quem sou eu para falar isso? Ué… eu sou publicitário e acho que a classe política não deve se meter.
Mas tudo bem. Como eu sou considerado “grosso”, “agrido” as pessoas com as palavras e pouco sensível, deixo para alguém bem mais experiente, dar o seu “pitaco”.
Francisco Gracioso fez isso com maestria, beirando a perfeição. Podem acreditar. Ele mostra que cada um tem que cuidar da sua própria vida.
Vale a pena conferir:
 

“A propaganda brasileira é reconhecida internacionalmente, por sua qualidade e eficácia. Do ponto de vista ético, o CONAR serve de exemplo a outros países e atua eficientemente na proibição da propaganda enganosa, ofensiva ou irresponsável. Mas isso não parece impressionar os legisladores que têm encaminhado ao Congresso centenas de projetos contra a publicidade. Enquanto isso, a classe política é responsável por boa parte do mau uso que se faz da propaganda político-eleitoral, transformando-a em motivo de chacota. Foram eles que fizeram da “jogada de marketing” um sinônimo de embuste. Baseado no Código de Defesa do Consumidor, o PROCON inferniza a vida de empresas que não atendem aos chamados em cinco minutos, mas fecha os olhos às filas que se formam diante dos hospitais públicos, desde a madrugada. Na raiz do problema está o fato de que temos, no Brasil, um código para defender o consumidor, mas falta um código de defesa do cidadão. Separando os universos público e privado e usando dois pesos e duas medidas, estamos construindo uma perigosa quimera. Não somos, evidentemente, contra os que buscam moralizar a propaganda, promover o consumo responsável e disciplinar as atividades comerciais em geral, colocando-as em sintonia com os princípios da responsabilidade social e da sustentabilidade. Aplaudimos a atitude das empresas brasileiras que adotam filosofias humanistas de gestão, seguindo os princípios éticos, respeitando o consumidor e colocando a função social acima dos próprios objetivos empresariais. Mas gostaríamos de ver essa mesma preocupação no setor público, sem os exageros dos oportunistas de plantão. Com esta edição da Revista da ESPM, comemorativa de nosso 15o aniversário, esperamos contribuir para o estudo sério do assunto e para o início de um diálogo efetivo entre o poder público e o setor privado. Como disse, em nossa mesaredonda, o presidente da ABRINQ, Sr. Synésio Batista da Costa, nunca avançaremos no equacionamento deste problema enquanto houver desconfiança mútua”.

Francisco Gracioso – Presidente do Conselho Editorial da Revista da ESPM
Fonte: Revista da ESPM – Volume 16 – Ano 15 – Edição n° 4 – Julho/Agosto 2009 – pág. 3

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