Uma nova década começou e com ela a tecnologia vem avançando aceleradamente. Com isso, não seria difícil prever os próximos passos do varejo em relação à experiência de compra das pessoas, até porque o ambiente das novas tecnologias está aí para provar: realidade aumentada, NFC (Near Field Communication), Internet das Coisas, 5G e outras inovações.
Mas, para esse ano de 2020, já é possível vivenciar como algumas dessas tecnologias vêm alterando o cenário do Varejo, tornando-o praticamente irreversível.
Pra quem acha que a tecnologia chegou para acabar de vez com a compra física se enganou, pois – apesar da praticidade e comodidade que os e-commerce têm proporcionado ao consumidor – 82,5% das compras ainda ocorrem no ambiente físico. Por isso, algumas empresas que são nativas digitais têm feito a extensão de suas plataformas como, por exemplo, a compra da Whole Foods, pela Amazon. Na verdade, não é que o digital irá substituir o físico, mas sim complementar, pois a jornada de compra tem se tornado híbrida e não apenas digital.
Após identificar o O2O ou, como podemos chamar, Online to Offline, o que percebemos é que o cliente que prefere fazer compras no ambiente físico não deixa de estar conectado, pelo contrário, a conexão é algo que manterá de forma constante e por isso alguns players têm utilizado isso a seu favor com a implementação da Internet das Coisas (Internet of Things) e o aprimoramento de automação em seus serviços, buscando sempre diminuir os atritos ou falhas na experiência de compra de seus clientes. Lojas inteligentes como a AmazonGo e outras experiências devem ser aprimoradas e vistas com mais frequência, tornando-se popular em vários mercados.
Todos esses comportamentos têm alguns motivos, e um deles é a Geração Z (nascidos nos anos 2000) que já se encontram iniciando a fase adulta e, por outro lado, podemos acompanhar o aumento do envelhecimento populacional, aproximadamente 32 milhões de pessoas estarão acima de 60 anos até 2025 no Brasil. Dessa forma, podemos perceber o cenário do varejo com um leque de oportunidades: de um lado, um perfil de consumidor que nasceu totalmente incluso na era digital, e do outro, uma geração que vivenciou a transição offline e online e busca por mais cuidados e qualidade de vida.
A Geração Z também é responsável por outro comportamento que está mudando a relação com o mercado varejista, esse hábito é o que podemos chamar de invisible money e pagamentos digitais, praticamente 94% dos seus pagamentos não envolvem dinheiro físico, e a tendência é que esse costume passe para outras gerações. Os varejistas que querem aproveitar essa transformação devem buscar as novas soluções de pagamento.
Product-as-a-Service, ou simplesmente Paas; se você ainda não ouviu falar desse termo, com certeza já consumiu ou teve acesso a esse tipo de produto/serviço. Paas nada mais é do que um aluguel, ou assinatura, na qual a empresa oferece ao consumidor o acesso aos benefícios do produto/serviço, mantendo consigo a responsabilidade da manutenção e cuidados necessários que, para o cliente, seriam gastos desnecessários.
Além dessas, outras tendências devem ficar mais em voga sendo que o cenário e a jornada de compra do consumidor está se tornando cada vez mais volátil e se misturando como uma experiência de marca. Vamos acompanhar as cenas dos próximos capítulos e trazer para vocês as transições em primeira mão.
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