Desde janeiro de 2019, algumas livrarias físicas como Saraiva e Cultura têm desaparecido das ruas e shoppings, pois também foram levadas a se adequar ao futuro.
Lembro de estar passando pelos corredores do shopping Anália Franco, onde havia uma Mega Store, e pedir para minha mãe ir comigo à livraria Saraiva, e quando chegamos lá, parecia um cenário fantasma. Portas abaixadas, faixas e avisos na porta dizendo que tanto aquela unidade como mais 40 do país iriam fechar as portas fisicamente e iriam permanecer apenas com os sites de venda on-line.
Especialistas dizem que isso é um resultado do efeito Amazon.com desde 2014 que, além das vendas de e-books e audiolivros, também começou a lucrar com a venda de livros com preços menores das livrarias físicas, além de oferecer aos leitores a comodidade de receber o livro na própria residência.
Editores e autores criticam, pois a Lei do Preço Único diz que todos os livros vendidos na internet devem ter o mesmo valor. ‘’Não adianta ter um preço único, no entanto, se a Amazon vai oferecer frete grátis para quem assina o Amazon Prime’’, diz Eduardo Lacerda, proprietário da editora Patuá.
Contudo, a Amazon não foi a única responsável para o fechamento das livrarias físicas, a inflação determina quais serviços são essenciais no país. A taxa de leitores também interfere nesse contexto. No Brasil, essa taxa é bem baixa, pois além de possuir um número significativo de analfabetos, o preço dos livros é alto. Contudo, vale lembrar que segundo a Market Research World, países como a Índia apresentam a taxa de leitura alta, notou-se também o enfraquecimento das livrarias físicas.
Fonte: https://www.tecmundo.com.br/software/152697-pandemia-apps-wish-amazon-ifood-crescem-brasil.htm
Vale mencionar que com a chegada da pandemia da COVID-19 a economia mundial sofreu significativos abalos, fechando muitas livrarias e lojas físicas, mesmo aumentando os pedidos on-line, configurando assim o desfecho das livrarias físicas.
Há motivos suficientes para ficarmos perplexos com o fechamento das livrarias físicas como o aumento da quantidade de desempregos, o gosto pela leitura de pegar um livro na mão, folheá-lo e até sentir aquele cheirinho de livro novo, além de andar pelos corredores das livrarias e marcar um encontro com amigos ou companheiros.
Lamentavelmente, as crianças de hoje em dia nunca saberão como é sentir tudo isso, porém ainda que existam os livros, mesmo que sejam de forma digital (e-books), toda forma de cultura é válida e de fundamental importância preservá-la.