Se não for por amor, nem faça. Esse foi um dos conselhos que recebi quando decidi entrar para o mundo da Publicidade. Naturalmente influenciado pelo meu irmão mais velho, me encantei pela profissão logo de cara, em 2004, quando decidi cursar a faculdade de Publicidade e Propaganda na Universidade Católica de Santos.
Eu tinha algumas outras opções na manga, claro, mas todas elas tinham muito a ver com o que eu queria fazer dentro da publicidade. Jornalismo e Letras eram minhas opções secundárias, vencidas pela Publicidade a qual poderia me permitir trabalhar com textos criativos, lúdicos, apaixonantes e vendedores.
Logicamente eu era mais um entre tantos outros na sala de aula que levantava a mão na hora de responder quem queria ser Criativo. Enquanto outros definiam por áreas como Mídia, Planejamento, Atendimento e até mesmo na Direção de Arte, dentro da Criação, em mim já soava a certeza de querer ser um Redator.
Ralei para entrar em agência, busquei as grandes sem sucesso e tive poucas oportunidades, mas nunca deixei minha paixão de lado. Abri mão de um cargo numa instituição financeira grandiosa para buscar um emprego que tivesse a ver com o que eu amava, até conseguir trabalhar com grandes marcas, as quais me orgulham até hoje.
Depois de muito criar, escrever e participar de campanhas incríveis, abri minha agência com meu irmão – aquele que me influenciou a entrar na profissão. E mais do que qualquer Leão que eu poderia ter ganho como um Redator, mais do que qualquer agência grande que eu poderia ter trabalhado, posso dizer que sempre fui feliz e realizado com meus feitos, os quais me renderam prêmios, reconhecimentos e, claro, satisfação.
Mas em qual ponto quero chegar? A gente se depara, muitas vezes por aí, com pessoas que não fazem o que amam. Pior, se deixam levar pelo dinheiro, pelos holofotes de uma profissão do momento ou pelo sonho dos pais ou que a sociedade sugere. Vejo profissionais da saúde com má vontade em ajudar pessoas, vejo atendentes que não gostam de atender público, vejo motoristas que não gostam de dirigir…
É triste pensar que sua profissão é o sonho de alguém, mas não é o seu. É arrasador imaginar que você pode – e deve ter – um talento repreendido e desperdiçado por alguma falta de oportunidade. Valorizar o que se faz, e ciente de que toda profissão é digna e exige carinho e amor, é um ato de gratidão.
Portanto, se você está decidindo em que faculdade entrar, ou se você está repensando nas suas escolhas de vida, pense nos seus passos, nas suas decisões…
Mas, ainda assim, independentemente de qualquer coisa, se não for por amor, nem faça.
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