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Fonte: Divulgação Unsplash

O mundo está cada vez mais veloz

Eu não sei para vocês, mas para mim este ano voou. Sim, eu sei: isso é coisa de gente mais velha. Quanto mais o tempo passa, mais temos essa sensação de que os dias correm, escapam por entre os dedos. Mas quero fazer um alerta, especialmente para quem é mais jovem: a nossa época nos empurra para acelerar. E o resultado? Vivemos com a constante sensação de estarmos sempre atrasados.

Este texto é uma parceria — mesmo que o outro autor não saiba. Escrevo a quatro mãos, apenas conectando pontos. Meu coautor é Oswaldo Lenine Macedo Pimentel, o cantor e compositor Lenine, que nos presenteou com a preciosidade chamada Paciência. Se puder, pare por um instante e ouça:

Quero citar Lenine e fazer um pedido: tenha um pouco mais de paciência no seu dia. A vida está acelerada demais, e nessa hiper conexão em que vivemos, podemos estar esquecendo de simplesmente respirar.

Recentemente, fiz uma enquete no LinkedIn perguntando se as pessoas se desconectam totalmente após o expediente. O resultado: 52% disseram que permanecem conectadas. Isso me preocupa. E talvez devesse preocupar você também.

Gosto quando Lenine provoca: “Enquanto todo mundo espera a cura do mal e a loucura finge que isso tudo é normal, eu finjo ter paciência.” Esse senso de urgência constante é, muitas vezes, estranho, vazio, sem sentido. Quem não conhece alguém que partiu no meio de mil tarefas? Um dia a pessoa estava sobrecarregada e, no outro, tudo ficou em sua mesa. O dia seguinte é sempre silencioso. E triste.

Lenine nos lembra: “Não temos este tempo pra perder.” É simples, direto. Mas parece que ninguém escuta.

Já citei em outros textos a frase da Nancy F. Clark: “As únicas pessoas que vão se lembrar do quanto você trabalhava são seus filhos e as pessoas que te amam.” No fim das contas, todo esse tempo no escritório ou em alerta terá pouco peso na balança da vida. Duvido que, ao listar os momentos mais especiais da sua história, você inclua uma noite no trabalho. Sabe por quê? Porque, normalmente, estamos sós nessas horas…

Vivemos tempos estranhos. Vejo muitas pessoas doentes, ansiosas, presas à lógica do imediato, viciadas em likes e em respostas instantâneas. Para essas pessoas, eu digo: paciência. Nem tudo precisa ser rápido. Muitas vezes, o melhor da vida é justamente a espera.

Hoje, o urgente virou norma. E eu me pergunto: quando foi que algo deixou de ser urgente?
Nesse ritmo frenético, em que tudo acontece ao mesmo tempo, me preocupa a ideia de que você talvez já não saiba mais almoçar com calma, jantar com os amigos sem checar o celular. Talvez você já não saiba mais apenas… conversar.

Então, deixo aqui mais uma vez o lembrete da canção de Lenine: “A vida é tão rara.”
Não perca a chance de viver o hoje. Desacelere. Conecte-se às pessoas — não aos gadgets. Gaste tempo com quem você ama.

E, por favor, não me entenda mal: não estou dizendo para ser inconsequente. Estou dizendo para ser mais presente. Para usar melhor o seu tempo — para estar junto.

E se, nos próximos dias, o tempo parecer correr demais, faça como Lenine: Recuse. “Faça hora. Vá na valsa.” A sua vida é especial. E preciosa demais para ser vivida no automático.

Se posso te dar um conselho: nesta próxima semana, permita-se ficar um tempo sem fazer nada. Fique de papo pro ar. Jogue conversa fora (como eu amo essa expressão!). Gaste tempo com quem está ao seu redor. Esqueça o celular em algum canto da casa. Ele já teve atenção suficiente durante a semana. Agora, é a sua vez. Que esse tempo especial seja seu — e que você escolha dividi-lo com quem realmente importa.

Boa pausa nesta próxima semana!

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