Histórias diversas do príncipe e da família Real chamam a atenção do público, que comparece em peso às livrarias londrinas.

Spare é o título da mais nova autobiografia de Harry (o duque de Sussex) e significa, em tradução livre para português, “Reserva”, fazendo alusão à ideia de que a função de seu nascimento era ser uma reserva caso o seu irmão mais velho, príncipe William, falecesse ou até precisasse de órgãos.

Se rebelando contra essa ideia, depois de se casar com a americana Meghan Markle, Príncipe Harry – agora não mais príncipe – se afastou da família Real de forma tumultuada após alegações de assédio contra sua esposa que vinham de dentro e de fora dos portões do castelo.

Já existe um documentário criado ao redor de Harry, chamado “Harry & Meghan”, em que ele e Meghan Markle falam sobre seu relacionamento e todos os acontecimentos que os levaram à renúncia.

Mas em Spare, Harry tece uma vulnerabilidade muito mais autêntica, na ausência de luzes brilhantes e maquiagens perfeitas.

No livro, Harry é vulnerável sobre sua saúde mental, também mencionando crises de pânico, depressão e uso de drogas recreativas.

Ele narra sua história de amor com Meghan, dando mais ênfase no que ele viveu do que em todos os fatos, faz várias comparações ao filme “Show de Truman” e relata sentir que vivia sobre um aquário.

Mas a parte mais polêmica é o relacionamento dele com a família Real, sobre intrigas que começam com coisas tão básicas como o empréstimo de um gloss ou coisas tão grandes como o Rei Charles constantemente aludindo que Harry não era filho biológico dele.

Harry também narra uma briga física recente com William, que é o clímax de anos de bullying sútil.

Depois do sucesso na Netflix, foram previstos grandes resultados da autobiografia, incluindo que mais de 10 livrarias na Grã Bretanha ficariam abertas durante toda a noite.

Se Harry tinha como estratégia chamar a atenção com suas ações, a estratégia funcionou e muito, pois – além das lojas da capital inglesa abrirem na madrugada para prestigiarem o lançamento da obra – a autobiografia “Spare” vendeu mais de 400 mil cópias – entre físicas e digitais – tornando o livro não-ficção que vendeu mais cópias de maneira mais avassaladora.

E aí, você compraria o livro do príncipe?

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