Levantamento da Buzzmonitor, SA365 e Elife mostra avanço da presença feminina e maior pluralidade nos elencos publicitários
A presença feminina em campanhas digitais das grandes marcas brasileiras atingiu um marco inédito. Pela primeira vez, as mulheres superaram os homens nas postagens das redes sociais, de acordo com o estudo “Diversidades na Comunicação de Grandes Marcas em Redes Sociais”, realizado pela Buzzmonitor em parceria com a SA365 e a Elife.
A sétima edição do levantamento analisou 6.124 publicações feitas por 261 perfis dos 20 maiores anunciantes do país, segundo o Índice Kantar Ibope 2024. O estudo usou inteligência artificial para identificar pessoas nas imagens e contou com análise manual para avaliar o contexto e o perfil dos retratados.
Os resultados apontam que 59,7% das imagens contaram com mulheres, enquanto 52,8% incluíram homens. Marcas como Magalu, Ariel e Calcitran se destacaram por dar mais visibilidade às mulheres em papéis de protagonismo, especialmente em contextos esportivos e profissionais.
A representação racial também apresentou melhora. Após dois anos de queda, a presença de pessoas negras subiu para 39,9% das postagens, embora ainda fique abaixo dos 55,5% que representam a população brasileira, segundo o IBGE.
As campanhas de marcas de higiene e beleza, alimentos e apostas esportivas foram as que mais contribuíram para esse avanço. O estudo observa, ainda, uma mudança no retrato dessas pessoas, com menos estereótipos e mais papéis de liderança.
A presença de idosos também cresceu e atingiu 11,4% das imagens, contra 3,1% no ano anterior. Marcas do setor farmacêutico foram responsáveis por boa parte desse aumento. Já os grupos LGBTQIAPN+, PCDs e pessoas gordas seguem com baixa representatividade. Apenas 5,8% das imagens incluíram pessoas LGBTQIAPN+, sendo 44,2% mulheres sexualmente diversas.
Pessoas gordas aparecem em 1,5% das campanhas, muitas vezes em papéis secundários ou cômicos, enquanto pessoas com deficiência representam apenas 0,9% das publicações, bem abaixo dos 8,9% da população, segundo a PNAD 2022.
Gostou do conteúdo? Acesse nossa home e veja mais.
Acompanhe também nosso perfil nas mídias sociais.
