Creativosbr

Fonte: unsplash

O que te motiva?

Vejo pessoas que acordam às cinco da manhã para correr, que estudam por anos em busca de uma meta, que se privam de algumas coisas para alcançar seus objetivos, e sempre me pergunto: de onde vem essa motivação? Tenho interesse em entender esse combustível que nos faz continuar buscando algo, todos os dias.

Em minha carreira como professor, percebi que alguns alunos tinham mais determinação e, consequentemente, alcançavam melhores resultados. Aproximei-me de alguns deles, tentando entender como esse processo funciona. No início, pensei que a influência familiar fosse o fator determinante, e ela realmente ajuda, mas não é decisiva. Se você tem irmãos, pode notar como cada um aproveita a influência dos pais de maneira diferente.

Quando assumi meu primeiro cargo de liderança, descobri que não tinha o poder de motivar ninguém. Se você acredita que sim, respeito sua opinião, mas minha experiência me diz que não tenho esse poder. Curiosamente, contudo, percebi que posso desmotivar as pessoas. Como líder, aprendi que meu desafio era entender suas metas e incentivá-los a buscar o que realmente os movia.

Pense nas vezes em que você desistiu de algo. É curioso como, muitas vezes, fazemos coisas motivados pela busca de afeto ou aprovação de outras pessoas. No entanto, tenho certeza de que isso, por si só, não garante a determinação. Quanto mais cedo você perceber que sua busca precisa estar alinhada com o que te faz bem, mais cedo encontrará o que talvez esteja procurando.

Eu tive muita dificuldade na alfabetização e, por isso, passei boa parte do período escolar me escondendo, evitando o confronto, com vergonha de que os outros notassem meus erros. Lembro das redações cheias de anotações vermelhas, e isso me fazia evitar a exposição.

Eu gostava de escrever, apesar dos erros. Eu tinha boas ideias, e a escrita me trazia alegria. Tudo ficou mais complicado quando, em uma conversa com uma professora, descobri que minha redação não seria enviada para uma competição por conta dos meus erros. Ali, definitivamente, me fechei, e abandonei a escrita por muitos anos. Só voltei a escrever, sem medo, ao terminar a faculdade.

Devo muito à jornalista Gisele Centenaro, que foi essencial para que minha primeira coluna fosse publicada. Ela reorganizou meu texto, mudando a ordem dos parágrafos e colocando as ideias em ordem. Assim, tive minha primeira coluna publicada na revista About, onde Gisele era editora.

Escrevi artigos no LinkedIn por um bom tempo. No início, eram lidos por poucas pessoas, mas a quantidade de leitores nunca foi minha motivação. Eu queria apenas escrever. Com o tempo, à medida que os leitores aumentaram, tive a coragem de falar com Filipe Crespo, do CreativosBr.

Nos dias mais difíceis, quando o texto demora para fluir, recebo um comentário ou incentivo, como o do querido amigo Ricardo Visconde, que me disse: “Mandei seu texto para meus filhos.”

É claro que esses comentários ajudam. Eles me mantêm no caminho, mas, com o tempo, percebi que escrever é uma das minhas maiores paixões. Quando olho para trás, percebo que meu combustível foi a dificuldade. Hoje, escrevo com facilidade, e isso me traz prazer.

Eu não sei o que te motiva, mas quero te incentivar a fazer as coisas primeiro por você. Se, com isso, você agradar os outros e for reconhecido, parabéns, você descobriu que seu talento pode ser valorizado.

Tudo tem um começo. Para mim, o texto é o desafio da folha em branco, que enfrento semanalmente. Descubra qual é o seu combustível, o que te move, e vá em busca de algo que possa fazer por você.

Boa semana!

Gostou do conteúdo? Aqui você pode acessar mais textos do Regi Andrade.
Acompanhe também nosso perfil nas mídias sociais.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *